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Boas perspectivas de avanço

Jornal DS – 19. Em São Paulo, crescem as condições de disputar o governo estadual.

Os 20% de votos nacionais de Alckmin são devidos, principalmente, ao reconhecimento que tem em São Paulo. Porém, os trágicos episódios que abalaram o estado no segundo final de semana de maio, quando o crime organizado apavorou a população e fez tombar autoridades do governo estadual, seguramente influirão no ânimo do eleitorado.

Nesse episódio, a intervenção do presidente Lula foi importante. Restabeleceu um tema fundamental para a esquerda: o crime precisa ser combatido na sua origem, é preciso a presença forte do Estado para universalizar o acesso à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer. É preciso criar empregos. E também é preciso uma polícia treinada, equipada e eficiente. O governo federal colocou à disposição do governo estadual forças policiais federais para ajudar na resolução na crise. O governador de plantão, o vice de Alckmin, Cláudio Lembo, do PFL, não aceitou.

Até esse episódio, o PSDB apresentava ares de franco favoritismo no estado. A crise colocou em cheque a imagem de bons gerentes que os tucanos construíram ao longo de 12 anos governando São Paulo, e pode ser transformada em disputa real de projetos. Para isso, contribui o resultado da prévia paulista, que indicou Aloizio Mercadante. Ele representou a alternativa de enfrentar a disputa em São Paulo integrando-a na disputa nacional.

A maioria do povo que Lula elegeu em 2002 selou um compromisso muito forte com a mudança. Sabe que muito foi realizado, mas esperava mais e ainda quer muito mais. Há muitas indicações de que essa maioria popular não vê alternativa a um novo Governo Lula para realizar essa tarefa. Parece, portanto, disposta a reeleger Lula. A contrapartida do PT e do candidato a essa generosidade – na forma do programa e de atitudes coerentes com ele – é uma condição fundamental para que se consolide o que parece muito favorável hoje e se manifeste efetivamente no dia das eleições.

 

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