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Carta aos companheiros da CSD e da DS do Rio Grande do Sul

A coordenação estadual da CSD no Cerá elaborou Carta na qual manifesta sua surpresa e preocupação com a posição que vem sendo encaminhada pelo companheiros da CSD no Rio Grande do Sul no processo eleitoral do CPERS/Sindicato. Segundo os companheiros do Ceará “a CSD é uma corrente nacional que possui seus espaços de deliberações (…) construídas a partir de debates democráticos ouvindo os estados e os ramos que compõe a nossa corrente. Não se trata de engessar a ação de cada estado a partir de decisões da coordenação nacional, essa também não é nossa prática, mas de mantermos minimamente a coerência entre as resoluções deliberadas, com a nossa atuação cotidiana.”

Confira a íntegra da Carta.

Carta aos companheiros da CSD e da DS no Rio Grande do Sul

Camaradas, foi com muita preocupação que a CSD Ceará recebeu a informação da aliança da CSD com o Conlutas, Intersindical e CTB contra uma chapa da Articulação nas eleições do CPERS.

Primeiro pelo fato da CSD ser uma corrente cutista, logo, a defesa da nossa central deve ser encarada como uma das tarefas centrais da nossa atuação e não apenas como resolução de encontro ou de reunião de direção, que não se pratica na ação diária.  A CUT e o PT são as principais conquistas da classe trabalhadora na história republicana do Brasil. A DS, e mais recentemente a CSD foram e continuam sendo fundamentais para as suas construções. E no decorrer desses processos de construção, o que mais marcou a DS e a CSD foi a coerência com os princípios democráticos e socialistas da atuação dos(as) nossos(as) militantes dentro do partido e da central. Não apenas fazemos parte da CUT e do PT, somos PT e CUT.

Segundo, a CSD é uma corrente nacional que possui seus espaços de deliberações. Deliberações essas, sempre construídas a partir de debates democráticos ouvindo os estados e os ramos que compõe a nossa corrente. Não se trata de engessar a ação de cada estado a partir de decisões da coordenação nacional, essa também não é nossa prática, mas de mantermos minimamente a coerência entre as resoluções deliberadas, com a nossa atuação cotidiana. Na última reunião da CN da CSD deliberamos que “a nossa prioridade é a construção da CUT e seu fortalecimento”, como então participamos de uma chapa em que na sua composição estão os principais adversários da CUT? Que elementos tão fortes podem ser maiores que os nossos princípios e escolhas políticas como militantes do PT e da CUT? A nossa práxis política junto a nossa história é mais importante que qualquer atitude menos nobre cometida pela a Articulação. Se não dá para compor com a articulação, pois então lancemos nossa chapa própria e vamos combater o bom combate. Terá total apoio nosso.Como falou o companheiro Raul Pont em um dos debates feitos em Fortaleza após a derrota eleitoral do PT em Porto Alegre:”Há vitórias eleitorais que representam derrotas políticas, e há derrotas eleitorais que são verdadeiras vitórias políticas”, referindo-se respectivamente, as eleições de 2004 e 1989. Reflitamos essas palavras camaradas.

E por último, a coordenação da CSD do Ceará, solicita aos companheiros e companheiras de grande valor da Democracia Socialista e CSD do RS (vocês são uma grande referência para nós aqui em cima do país) que revejam suas posições sobre esta questão, pois ao contrário, aquilo que construímos coletivamente e temos como um grande bem, que é a unidade da CSD estará seriamente ameaçada, já que a CUT Socialista e Democrática do nosso estado não se sentirá representada por essa chapa se ela vir a concretizar-se.

No mais, nossas saudações socialistas.

Coordenação estadual da CSD Ceará.
Fortaleza 15 de maio de 2008.

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