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#DIRETASJÁ PARA DERROTAR O GOLPE

2717887Grupo de Trabalho Nacional da Democracia Socialista

Mobilização com mais de 100 mil pessoas em São Paulo reivindicou a radicalização democrática para derrubar o governo golpista. O ato por #DiretasJá foi uma forte demonstração da capacidade de mobilização da sociedade contra um governo impostor e um programa que nunca passaria pelo crivo das urnas. Essa capacidade tende a aumentar à medida do crescimento das denúncias sobre a iminente perda de direitos, consequência automática da execução do plano de Temer.

Após a decisão do Senado Federal de afastar ilegalmente a presidenta legitimamente eleita, consumando o golpe de Estado, entramos em novo momento da luta para derrotar a contrarrevolução neoliberal no Brasil. A incapacidade de estabilização do governo golpista, a apresentação formal do seu projeto ultraliberal e a retomada das mobilizações nas ruas em defesa da democracia e dos direitos marcam o contexto atual.

O consórcio patrocinador do golpe reúne partidos neoliberais, parlamentares fisiológicos e corruptos, as maiores empresas de comunicação do país, organizações empresariais, setores do Judiciário e da Polícia Federal, segmentos fascistas da sociedade, o mercado financeiro internacional e o imperialismo estadunidense. Ministros denunciados por corrupção caíram logo nas primeiras semanas. Sua base parlamentar, profundamente enraizada nos circuitos de corrupção, permanece sob a liderança de Eduardo Cunha. As forças neoliberais cobram urgência na implementação do programa que pretende retirar direitos e reduzir drasticamente o papel do Estado no desenvolvimento social.

O programa ultraliberal do governo golpista expõe todos os interesses dos patrocinadores do golpe. Pretendem reduzir 30% do orçamento na área social, promover a mercantilização do acesso aos direitos de educação e saúde, além de reduzir os direitos vinculados ao trabalho, tornando a CLT, na prática, letra morta. Esse programa de barbárie não pode ser implementado sem violência. A truculência e o terror policial conformam-se como tática para impedir a presença de manifestantes nas ruas. A violência como única relação possível dos governos tucanos com os movimentos sociais está agora nacionalizada, a partir do comando de Alexandre de Moraes, ex-secretário de Alckmin, no Ministério da Justiça.

#DiretaJá

O momento é de agrupar as forças democráticas, populares e setores indignados da população. A campanha por #DiretasJá deve traduzir o #ForaTemer em toda a sua potencialidade de denúncia, mobilização e radicalização democrática, colocando em xeque um governo ilegítimo e ilegal.

O papel das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular permanece decisivo para impulsionar um novo ciclo de mobilização e luta política. As manifestações convocadas para 7 e 8 de setembro em todo o país são, portanto, extremamente prioritárias. Está recolocada a necessidade de construção de um programa unitário para a nova etapa da luta nacional, construindo uma dinâmica de frente única contra o neoliberalismo e em defesa da democracia, capaz de aglutinar amplos segmentos do povo para enfrentar o governo golpista. A CUT iniciou a convocação para realizar dia nacional de paralisação (22/09) rumo à greve geral.

Ao mesmo tempo, as eleições municipais devem demarcar a polarização em curso entre candidaturas golpistas e aquelas que defendem a democracia e a manutenção de direitos. O povo não apoia uma agenda contra seus interesses e conquistas e contra sua soberania.

Neste sentido, saudamos o lançamento da Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo. Processo de lutas organizado por movimentos sociais e centrais sindicais do nosso continente, a Jornada reafirma a importância da solidariedade internacional, principalmente a latino-americana, contra a onda de golpes e agendas neoliberais que assolam países da nossa região.

Por fim, saudamos a energia, coragem e combatividade da juventude que tem impulsionado a luta aberta das ruas. Uma nova geração política se forja nas ocupações de escolas, no laboratório de novas práticas construído no espaço público e no enfrentamento ao golpe. Prepara a avenida, que a gente vai passar!

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