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O 1º de maio da CUT

O ato político do 1º de Maio da CUT na capital paulista foi marcado por uma retrospectiva dos sete anos de governo Lula e pela defesa da eleição de Dilma Rousseff, com a devida cautela por causa das restrições impostas pela lei eleitoral. O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, lançou oficialmente a “Plataforma da CUT para as Eleições 2010”.

Ele lembrou que o documento, que traz mais de 200 propostas, “é resultado do esforço coletivo de sindicatos, federações e confederações que discutiram durante dois anos ideias para garantir os avanços dos últimos anos e aprofundar as conquistas”. Em retrospectiva, lembrou que “há 10 anos, quando fazíamos nossos atos do 1º de Maio, discutíamos sempre o que fazer para deter o desemprego, o arrocho salarial, a retirada de direitos, as privatizações. Hoje, podemos debater uma agenda positiva, podemos entregar essa Plataforma com propostas de avanços. Nosso maior objetivo agora é impedir o retrocesso e continuar mudando o Brasil”, afirmou Artur.

Dilma Rousseff afirmou que o 1º de Maio é um momento propício para “olhar para o passado e ver se os compromissos assumidos foram cumpridos. Nosso governo tem conduzido o Brasil a um cenário em que mais de 21 milhões de pessoas saíram da miséria, através de instrumentos de distribuição de renda”. Sobre política internacional, afirmou que o País deixou “de estar de joelhos diante das potências do Hemisfério Norte e tem se inserido de maneira soberana nas relações políticas e econômicas”.

Lula fechou o ato. Lembrando que o tema do 1º de Maio deste ano é a integração latino-americana, aproveitou para atacar a política externa do período tucano. “Com a Alca, eles queriam simplesmente acoplar a nossa região ao domínio tecnológico dos Estados Unidos. Nós já tínhamos a experiência da área de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá”. Em seguida, destacou que atualmente a América Latina é a maior parceira comercial do Brasil.

“Eles só viajavam para Londres, Paris, Washington, Nova Iorque. Parecia que só interessava a eles os europeus e norte-americanos. Não sabiam que a beleza desse nosso povo é a mistura de negro, índio e europeu. Essa salada de frutas é nossa riqueza”.

Dirigindo-se à imprensa, lembrou que, em seu programa de governo de 2003, havia menção à necessidade de criar mais de 10 milhões de empregos. “Me cobravam o tempo todo, como se eu tivesse prometido criar todos aqueles postos de trabalho. Não era uma promessa, era uma constatação da necessidade que tínhamos. Pois então, só por desaforo, até o final deste mandato vamos criar mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada”, provocou.

Antes do ato político, houve apresentações musicais do Quinteto Bachiana, sob regência de João Carlos Martins, de Raíces de América, do cantor Fernando Ferrer e de Milton Nascimento, que homenageou Mercedes Sosa. Depois do ato, Carlinhos Brown fechou a noite.

(com informações do site da CUT – www.cut.org.br)

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