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‘Ódio e preconceito contra o PT incentivam violência’

“Se quem tivesse arrancado o dedo de uma pessoa fosse um militante petista, logo seria execrado em manchetes e classificado como canibal”. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) declarou nesta quarta-feira (18/10) que parte da imprensa é co-responsável pelos recentes atos de violência contra militantes petistas, ocorridos em diferentes regiões do país, por disseminar um “ódio irracional” contra o PT.

“Alguns veículos de comunicação, entre eles a revista semanal “Veja”, têm feito uma campanha maciça de disseminação de um ódio irracional contra o Partido dos Trabalhadores”, avalia Dr. Rosinha. “Essa postura irresponsável dissemina o ódio e o preconceito, que, por sua vez, acabam por incitar atos de violência.”

Na última segunda-feira (16/10), a publicitária carioca Danielle Tristão, 38, militante petista, teve a ponta do dedo anelar esquerdo decepada ao ser mordida por uma partidária da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). “Circular pelo Leblon, bairro de classe alta da zona sul do Rio, com uma camiseta de apoio ao presidente Lula custou à publicitária parte do dedo anelar esquerdo”, registra trecho de matéria publicada hoje pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

A publicitária vestia uma camisa com a inscrição “Lula, sim”. A autora da agressão já foi identificada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

“A mesma imprensa que prega o ódio contra o PT não deu, ao menos até agora, a devida cobertura para este e outros casos de agressões ocorridos nos últimos dias”, observa Dr. Rosinha. “Se, ao invés de alguém ligado ao PSDB, quem tivesse arrancado o dedo de uma pessoa fosse um militante petista, logo seria execrado em manchetes e classificado como canibal.”

Outro caso de violência foi registrado pelo jornal Correio da Paraíba, de João Pessoa. Conforme reportagem publicada na segunda-feira (18/10), o técnico em eletrônica Tibério Modesto, 21, foi agredido a socos e pontapés, teve o celular roubado e os vidros de seu carro quebrados durante uma carreata do PSDB no domingo (15/10). Motivo da violência: o fato de o carro ostentar adesivos da campanha Lula.

A esposa do Tibério, Fânela Peres, e sua filha, de apenas nove meses de idade, também foram agredidos. O bebê ficou com hematomas em um dos braços.

Um dedo é “pouco” – Para o deputado federal petista, o PFL e o PSDB também têm culpa pelos casos de violência registrados durante a atual campanha eleitoral. Para justificar sua opinião, Dr. Rosinha cita como exemplo o lançamento de um adesivo que traz o desenho de uma mão com quatro dedos, dentro de um círculo atravessado por uma tarja símbolo de “proibido”.

Há dez dias, a juíza Ângela Maria Silveira, da 2ª Zona Eleitoral de Porto Alegre, determinou a busca e apreensão do adesivo, que estava sendo distribuído pelo PSDB no Centro da capital gaúcha.

O presidente Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho, quando era torneiro mecânico em fábrica do ABC paulista. “Só um dedo? Perdeu pouco. Deveria ter perdido a mão”, afirmou uma eleitora do PSDB, no último fim de semana, ao deputado Dr. Rosinha, que fazia campanha em Curitiba.

“Tenho ouvido, nas ruas, muitos comentários preconceituosos e até racistas contra o Lula”, relata Dr. Rosinha. “Dias atrás, um homem que se declarou eleitor de Alckmin chegou a dizer que o Bolsa-Família era ração para porco.”

Adesivo pró-Lula –  “Além de tentar forçar uma espécie de terceiro turno no tapetão, o PFL e o PSDB não emitiram nenhuma nota de repúdio ao adesivo antiLula, o que revela, no mínimo, sua tolerância em relação ao preconceito embutido na peça”, conclui Dr. Rosinha. “Esperamos que o TSE, que já foi provocado a se manifestar sobre o assunto, proíba esse adesivo em todo o território nacional.”

Como forma de rebater o caráter preconceituoso do adesivo em questão, o deputado lançou um outro. “Sou contra o preconceito. Sou Lula”, diz o adesivo, ao lado do desenho de uma mão que sinaliza o “L” de Lula.

A arte do adesivo pró-Lula está disponível na página da campanha do deputado federal petista (www.drrosinha1313.com.br).

Há cerca de uma semana, foi lançada a comunidade “Contra o preconceito, sou Lula”, no site de relacionamentos Orkut (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21812252). Em menos de sete dias, mais de 600 pessoas se associaram à comunidade.

A primeira peça publicitária com o gestual do “L” inicial da palavra Lula data de 1989, e foi criada pelo jornalista paranaense Mário Milani.

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