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Projeto de Retomada do Jornal da DS

O Grupo de Trabalho nacional, encarregado pela Coordenação Nacional, aprofundou a discussão sobre o plano de organização da tendência. Dentre os pontos está a retomada do jornal na forma proposta pelo companheiro Raul. A proposta que segue deve ser considerada, portanto, em conjunto com a parte organizativa de construção da DS no anteprojeto de resolução já publicado.

Projeto de Retomada do Jornal da DS

1 – Não há como sustentar nosso crescimento orgânico e numérico sem uma publicação regular e sistemática que cumpra o papel de dar sentido orgânico, coesão programática, identidade ideológica e democracia nas informações.

2 – Essa publicação impressa não é contraditória com a existência de um site permanente, atualizado constantemente com noticiário e informações cotidianas e um boletim eletrônico com a mesma regularidade que chegue a todos os companheiros que possuam e acessem a internet.

3 – O boletim impresso pode/deve ser cópia e/ou idêntico ao boletim mensal eletrônico que tenha regularidade, história, continuidade para que sua referência orgânica seja visível, palpável e disponível para conhecimento, discussão e leitura em condições as mais variadas.

4 – O boletim tem que garantir sua periodicidade mensal, com identificação de sua história, de sua origem, mantendo a identificação E.T./D.S. e sua numeração para manter essas referencias vivas, permanentes, identificando nossa história, construção e participação no Partido dos Trabalhadores.

5 – O Jornal não deve ser concorrente dos jornais diários, revistas semanais e, muito menos, do rádio e TV. Não temos condições e estrutura para isso. O que precisamos é de um boletim analítico, que expresse posições claras e/ou propositivas em todas as questões relevantes vividas pelo PT, e em cada conjuntura, que nos garanta organicidade e coesão na ação política concreta do PT e dos movimentos sociais onde atuamos.

6 – O Jornal da DS deve ser, portanto, propositivo, de opinião, que expresse, em cada momento, o grau de coesão e identidade que possuímos diante dos desafios conjunturais. As posições que assumimos na CEN e no DN, o que estamos realizando nos parlamentos e nos governos onde temos maior responsabilidade, quais as propostas e posições que a CSD desenvolve na CUT e nos movimentos sociais onde atuamos, o que estamos realizando junto aos estudantes e a juventude através do Kizomba, quais as atividades em curso na M.M.M. que estão sendo desenvolvidas pelas companheiras, etc… Deve ser, também, o espaço para artigos e opiniões assinadas de companheiros (as) da DS e do PT.

7 – Seu papel é, essencialmente, de coesão programática e de identificação orgânica em função do crescimento alcançado pela nossa corrente. Não há como garantir presença física dos companheiros do GT Nacional em todos os Estados em que atuamos e, também, não temos um crescimento uniforme, parelho, com coordenações regionais com o mesmo grau de acúmulo, experiência, organicidade e peso relativo dentro do PT e dos movimentos sociais. Um boletim regular, sistemático, propositivo, supre esse caráter desigual da nossa construção e garante uma identidade, uma homogeneidade política capaz de nos dar unidade e eficácia na luta política.

8 – Um boletim com essas características nos garante uma presença física, visível, em todos os Estados e permite uma política de expansão, de crescimento – via malas diretas variadas – muito além da nossa capacidade atual. Pode suprir também outra grande debilidade nossa: a ausência de um cadastro nacional, atualizado, confiável e que nos permita garantir: quem somos? quantos somos? aonde estamos na construção do PT em todo o país? É um elemento decisivo, também, para garantir critérios democráticos e proporcionais em nossos encontros e conferências de deliberação.

9 – Para diminuir e descentralizar custos, podemos imprimir o Boletim em algumas regiões, a partir de uma matriz comum construída no escritório nacional. É possível descentralizar e socializar custos de remessas via Correio (é o custo mais caro) por Estado ou/e a partir de algumas capitais atingir dois ou três Estados e com isso implementá-lo em todo o país tendo por base os Estados em que temos maior estrutura disponível para isso. Os escritórios regionais, ou alguns mandatos devem ficar responsáveis pela impressão e/ou distribuição de sua cota estadual e regional.

10 – O boletim, principalmente analítico, deve conter no mínimo, alguns serviços permanentes: calendário de eventos do Partido, da corrente e dos movimentos sociais, a agenda estatutária do Partido tornando mais presente os compromissos, a preparação dos Encontros, campanhas de filiação, preparação de disputas eleitorais, etc… O calendário dos eventos internacionais: o FSM, o Fórum de São Paulo, a Marcha Mundial de Mulheres, as lutas e o processo sindical da CUT, a programação da Fundação Perseu Abramo. É possível contemplar também um processo de formação política com cursos, temas e assuntos dessa área tratados por capítulos e com o objetivo de estimular e propor o debate e a formação política. O ET, por exemplo, fazia isso com a série sobre a “Questão do Partido no Movimento Operário”, lá nos anos 80. Temas como esse e outros podem ser tratados como contribuições na formação política.

11 – A proposta é de um jornal com a apresentação do Democracia Socialista (Em Tempo) do último período, mensal, 8 páginas, eletrônico e impresso com os custos de impressão e distribuição descentralizados e uma equipe enxuta para programá-lo, pautá-lo, contando para isso com os companheiros (as) que já atuam nos diversos Estados como assessores parlamentares na área de comunicação.

Maio 2009
Raul Pont

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