Hoje é dia 11 de agosto, dia dos estudantes e mais um dia de luta. Dia de defender um projeto educacional de emancipação social.
Dia para fortalecermos a unidade entre estudantes, trabalhadoras (es) da educação e o conjunto da sociedade.
Dia de lotarmos as ruas para exigir a garantia de eleições livres e democráticas.
Estamos vivenciando no Brasil uma de suas piores crises econômica, política, ambiental e civilizatória. O bolsonarismo aliado ao neoliberalismo autoritário e antidemocrático, devastou e continua devastando nossa democracia, nossas riquezas naturais, nossos direitos, de viver, de amar, de liberdade, de comer e de ter acesso à cidadania.
Ao invés de garantir direitos básicos da população, o desgoverno prefere distribuir ódio, mentiras, fome e miséria como projeto político. Ele é uma ameaça ao bem-estar e à vida da nossa juventude, principalmente a juventude negra e periférica, as mulheres, a população LGBTQIA+, a população indígena, quilombola e os povos tradicionais.
Precisamos ampliar nossa atuação nas redes, nas ruas e nas urnas para construirmos outro modelo de sociedade, onde possamos ter garantias de justiça, igualdade e oportunidades. Que nosso povo seja protagonista de sua própria história, onde a classe trabalhadora em toda sua diversidade e pluralidade participe dos processos decisórios e da construção das políticas públicas do Estado.
As ameaças que a democracia vivência são tão latentes que chegamos ao ponto de exigir a garantia de eleições sob o amparo do Estado Democrático de Direito. O povo brasileiro está tendo seu direito de expressar nas ruas e nas urnas a sua vontade cerceado.
Os e as estudantes sempre estiveram na linha de frente em defesa da educação, da democracia e dos direitos. Não é atoa que diante dos cortes foram nós que lotamos às ruas nos Tsunamis da Educação, em 2019. Que conquistamos a democratização do acesso aos sistemas de comunicação e informação através da garantia de internet para estudantes e por meio da mobilização nas redes garantimos o adiamento do ENEM durante a pandemia de Covid-19. A lei de dignidade menstrual também foi uma importante conquista que garante a distribuição gratuita de absorventes nas escolas e universidades.
Todas essas lutas são frutos das vozes que ecoaram #EleNao e que dizem #ElenuncaMais, que não aguentam mais um desgoverno que trabalha cotidianamente para destruir as Universidades e Institutos Federais, a ciência, tecnologia, a cultura, a soberania nacional, todo e qualquer espaço de produção do conhecimento que esteja a serviço do povo.
Neste dia 11 de agosto continuamos nas ruas por nossas vidas! Tirar Bolsonaro do poder e apresentar um projeto político alternativo ao neoliberalismo é tarefa central do movimento estudantil. Atacam a democracia por saberem que Lula é hoje o único candidato que apresenta uma possibilidade real de virar o jogo. Eles já entenderam que a educação está do lado daquele que quando foi presidente construiu mais universidades e programas para que a juventude do nosso país pudesse ter acesso ao ensino superior. Agora queremos mais!
Queremos permanecer e transformar o espaço hierarquizado que é a universidade, nos inserir no mercado de trabalho com condições dignas e com nossos direitos garantidos, queremos viver plenamente!
Por isso, nós estudantes estamos com Lula, defendendo a democracia e os direitos sociais!
Caroline Lacerda é 1° vice-presidenta e Gabriel Barros é diretor de políticas educacionais, ambos da União Nacional dos Estudantes (UNE).