A histórica data 1º de maio carrega significativa representatividade para todos nós que construímos uma trajetória de lutas em defesa da classe trabalhadora. Há mais de 125 anos, em 1886, trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a cidade de Chicago para decretar greve geral e cobrar direitos básicos, como a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas diárias.
Esse episódio é um marco simbólico na luta da classe trabalhadora, pois motivou a Segunda Internacional Socialista a decretar o dia 1º de maio como Dia Internacional da Classe Trabalhadora.
Passado mais de um século, nós, temos muito a comemorar no que diz respeito à garantia de direitos trabalhistas. Após 72 anos da instituição do salário mínimo, no 1º de maio de 1940, a classe trabalhadora elevou significativamente o poder de compra. No ano de 2012, tivemos um acréscimo de quase 15% em relação a 2011, com aumento real de 9,2%, considerado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o maior poder de compra dos brasileiros desde 1979.
Estamos cada vez mais perto de conquistar o que propunha a lei da criação do mínimo, que este fosse responsável em suprir moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer a todos os cidadãos e cidadãs.
A cidade de Fortaleza tem acompanhado os avanços do Governo Federal. Em 2011, a capital cearense teve destaque na criação de empregos formais, tendo sido a primeira do Nordeste no ranking da geração de empregos com carteira assinada, um total de 38.429 novos postos de trabalho, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Manaus. No ano passado, foram quase dois milhões de empregos gerados no Brasil.
Como ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT- CE), tenho a satisfação de vivenciar um momento de valorização da classe trabalhadora do Brasil, apesar da certeza de que ainda temos muito a conquistar através das lutas dos movimentos sindicais. Podemos citar como uma dessas bandeiras a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Estamos certos de que, com a mobilização e a organização das centrais sindicais no País, conquistaremos essa bandeira histórica da classe trabalhadora que é a redução da jornada de trabalho do Brasil.
* Eudes Xavier é deputado federal e integrante da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.