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A política dos “aliados”

Setor da direita fisiológica nunca apoiará medidas populares.

As denúncias não comprovadas da existência de um “mensalão” para deputados, feitas pelo deputado Roberto Jefferson, compõem a face mais visível do comportamento de um setor da direita que se utiliza de chantagem para conseguir a manutenção de seu espaço. Diferente da direita neoliberal que atua para condicionar e derrotar o governo, este setor tem comportamento estritamente fisiológico.

O prontuário de figuras como Roberto Jefferson (chefe da tropa de choque de Collor, apoiador de FHC) e Severino Cavalcanti (representante assumido da direita mais retrógrada no Congresso) não deixa dúvidas sobre o perfil desses “aliados”. Definitivamente, não há como esperar deste setor nenhum compromisso com políticas sociais, com reformas democráticas, ou com uma gestão transparente. Sua manutenção como “aliado” depende sempre da compensação por cargos ou privilégios.

Além desses ícones, outros “aliados” figuram neste panteão nada glorioso. Romero Jucá, situado no Ministério da Previdência, teve contra si processo instaurado no Supremo Tribunal Federal tendo como acusação desvio de recursos públicos. Outro deles, o Sr. Henrique Meirelles, sofre processo na mesma instância sob suspeição de burlar o fisco.

Uma suposta governabilidade dependente desses partidos, como a prática vem demonstrando, não garante nem mesmo votos no parlamento em questões mais importantes. De outro lado, as perdas que essas “más companhias” trazem são extremamente custosas.

A parte lamentável é perceber que foi o próprio governo, quando trouxe para ser seus aliados nomes que há muito careciam de respaldo, que recompôs essas figuras no cenário político. Nesse momento, a credibilidade de Roberto Jefferson ou de Severino Cavalcanti só persiste, mesmo que em padrões mínimos, porque foram acolhidos pelo governo.


 

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