Democracia Socialista

A sanha privatista: O que esperar do fantoche dos banqueiros Aécio Neves

CLÉDISSON JÚNIOR

 

Uma curiosidade vem chamando a atenção de inúmeros analistas e observadores políticos neste pleito eleitoral de 2014, em especial neste segundo turno.

A insistência do candidato oposicionista em apresentar informações contraditórias aos dados oficiais acerca da saúde financeira da Petrobras, hoje maior empresa brasileira em atividade.

Para termos um radiografia desta realidade, a produção consolidada de petróleo e gás, no Brasil e no exterior, atingiu 2,781 milhões de barris de óleo equivalente por dia em setembro, volume 0,8% superior ao registrado em agosto deste ano, a produção total de petróleo operada pela Petrobras no Brasil, que inclui a parcela operada pela Companhia para seus parceiros, atingiu em setembro seu terceiro recorde consecutivo, de 2 milhões 239 mil barris por dia.

E mesmo frente a tamanha pujança o candidato Aécio continua em uma tática desproporcional de ataques e desinformações sobre a empresa brasileira de petróleo.

Estamos diante de movimento orquestrado pela inteligência do PSDB dirigida pelo banqueiro Armínio Fraga visando criar um clima de justificação para em caso de uma possível vitória tucana no dia 26 de outubro, a Petrobras possa ser privatizada haja visto que segunda a narrativa apresentada por eles, durante o governo do PT a Petrobras perdeu sua função de assegurar energia frente as demandas estratégicas do país e perdeu da sua “rentabilidade”.

Um outro ponto de analise no que diz respeito a um dos carros chefes da campanha tucana a Presidência da Republica é o Programa Poupança Jovem.

O candidato Aécio tem prometido em suas incursões de TV e radio e nos debates que criará uma politica que ofertará bolsas no valor de um salario mínimo para jovens de baixa renda terem condições de concluir seus estudos no ensino médio.

É importante aqui destacar que esta experiência tem origem na gestão do candidato Aécio quando governador de Minas Gerais e que o impacto foi irrelevante, atingindo somente 9 entro os 853 municípios mineiros, isto é, somente 1% de todo o estado.

O programa consiste na abertura de uma conta poupança no valor de R$3.000,00 que somente será acessada pelo jovem estudante no ato da conclusão do ensino médio, isto caso tenha sido atendido requisitos como altos índices de aprovação, de frequência e participação em atividades extras.

Em uma sociedade que preze cada vez mais pelo tempo dedicado ao estudo e que a cada dia compreende a necessidade da continuidade do processo de aprendizagem com vias a conquista de um melhor posicionamento no mercado de trabalho é de se esperar que este conjunto de jovens que ao concluírem o ensino médio optem por disputar uma vaga no ensino superior (publico ou privado) e que parte dos recursos do poupança jovem se não toda a sua totalidade possa ser utilizado como investimento para este fim.

Mas desconfiamos das reais intenções do candidato oposicionista. Primeiro seu caráter eleitoreiro haja visto que Aécio tem dedicado um grande esforço em defender este programa, principalmente nos estados da regiões nordeste onde ele possui seu menor índice de adesão.

Segundo que após 12 anos de governo do PT e aliados onde politicas como o Prouni, a lei de cotas em universidades federais para estudantes de baixa renda, negros e indígenas, flexibilização no acesso e maior investimento no FIES, o Pronatec ,além da garantia de investimento de 75% do fundo social do Pré-Sal em educação o que posicionará nos próximos anos o Brasil entre as principais nações que mais investem na área, não seria o Poupança Jovem mais um artífice que justificaria a sanha privatista dos tucanos frente as instituições publicas de ensino superior?

Recentemente em artigo publicado no jornal “Folha de S. Paulo” o economista Samuel Pessôa, homem de confiança e um dos principais ideólogos econômicos do PSDB apresentou a possibilidade da retomada do processo de privatizações e cobranças de mensalidades nas universidades publicas brasileiras caso Aécio Neves vença. Ou seja o receituário continua sendo o mesmo.

Estamos diante da eleição mais difícil já disputada desde a redemocratização no Brasil, este também é o processo onde a disputa de perspectivas tão antagônicas deposita no sufrágio do nosso povo a manutenção do projeto defendido por nós de um Brasil inclusivo e a altura das esperanças do nosso povo iniciado a 12 anos atrás com a eleição do companheiro Lula e depois com a eleição da companheira.

O crescimento das adesões voluntarias a campanha, o avanço das mobilizações nos quatro cantos do país, a retomada do dialogo com segmentos que historicamente sempre estiveram conosco e o apoio de significativos setores da esquerda socialista e democrática ao nosso projeto neste segundo turno promoverá neste domingo a definição de um Brasil que seguirá avançando em busca de maiores e melhores direitos para seu povo, promovendo também a maior derrota já imposta aos setores conservadores e entreguistas promotores do maior estelionato eleitoral já posto em uma disputa politica na historia republicana do nosso país.

A nossa vitória não será por acidente, ela será fruto do empenho diário de cada um de nós, da dedicação militante de todas e todos em fazermos parte de mais um belo capitulo da historia do Brasil.

 

*Clédisson Júnior é membro do Grupo de Trabalho Nacional da Democracia Socialista.