Há mulheres que lutam uma vida inteira. Elas são imprescindíveis. Dôra é uma dessas. Mulher guerreira, incansável buscadora por uma sociedade democrática e socialista, desejava um mundo sem opressores e oprimidos. Sua utopia sempre esteve bem próxima do seu cotidiano:
Praticou seus ideais feministas, compartilhando com seu companheiro Pedro o trabalho doméstico e o cuidado das filhas Joana e Paula. Construiu também com Marcos uma relação solidária.
Foi solidária e companheira em todos os espaços de militância, transformou sua casa em um espaço também para formação política. Esteve em muitas frentes de luta pelos direitos das mulheres e combateu o patriarcado em todas suas expressões no cotidiano da vida das pessoas.
Lutou contra a ditadura militar, construiu o Partido dos Trabalhadores, a Democracia Socialista, as lutas nos bairros Jardim América e, depois, Venda Nova. Mostrou na Regional Venda Nova, no Orçamento Participativo de Belo Horizonte e de Contagem que era possível construir democracia nas gestões governamentais.
Na Secretaria de Desenvolvimento Agrário, deu visibilidade às mulheres do campo. Na vida, foi afeto e luta.
Um acidente a tirou de nós. Deixou para nós a certeza de que é possível lutar sem jamais perder a ternura.
Viva Dôra!!!
Comente com o Facebook