O período entre junho de 2017, quando realizamos o 6º Congresso Nacional do PT, e novembro de 2019, quando realizamos o 7º Congresso, compreende a construção da comunicação partidária orientada pelas diretrizes estabelecidas no 6º Congresso Nacional do PT. Inauguramos um novo período. Aquele em que a direção do PT assumiu a condução da política de comunicação do grande partido de esquerda que somos.
Construímos o conceito e a prática de uma comunicação ativa, conduzida com pluralidade democrática e com credibilidade. Transformamos nosso site em um jornal político em defesa das diretrizes partidárias, aberto à esquerda e aos movimentos sociais, aberto às diversas vozes do partido.
Buscamos uma agenda unificada com a atuação do PT nos movimentos sociais, no legislativo e nos espaços executivos. Defendemos uma rede mais ampla de comunicação da esquerda e ajudamos na sua constituição.
Construímos o melhor e maior site político-partidário brasileiro, estruturamos a mais ampla rede social-partidária, em permanente crescimento. E isso foi feito com uma equipe de comunicadores criativa e comprometida com o PT. E, importante destacar, com forte redução de gastos e com eficiência e transparência na utilização de recursos escassos do partido.
O último programa de propaganda partidária, que foi ao ar em outubro de 2017, foi fruto de um enorme esforço da direção e contou com a contribuição de Lula. Foi bem recebido pelo partido, fez a defesa do nosso legado e apresentou perspectivas de um Brasil justo, democrático e soberano.
Essa realização foi fundamental para enfrentarmos os grandes desafios da campanha de 2018. Contribuímos, enquanto Secretaria Nacional do PT, para a comunicação da campanha presidencial. Em condições muito adversas, colaboramos para o enorme crescimento da candidatura Fernando Haddad/Manuela D’Ávila em uma campanha-relâmpago de menos de um mês. No segundo turno, demos suporte para alcançar 47 milhões de votos.
Enfrentamos a Rede Globo, a unidade da grande mídia, setores do Poder Judiciário, agentes de grandes igrejas e o poder econômico, que atuam contra o PT. Defendemos o programa do partido e a unidade da esquerda. Acumulamos forças decisivas para combater a extrema direita e continuar a luta por uma alternativa democrática, popular, com perspectiva socialista para o Brasil. Terminamos o segundo turno nas ruas e nas redes, em todo Brasil, com o discurso afiado sobre o que estava em jogo em nosso país.
Também tivemos limitações e novas questões se mostraram urgentes. As novas tecnologias que disseminaram com mais velocidade o discurso mentiroso e de ódio da ultradireita certamente disputarão a sociedade brasileira por um longo período. É preciso estar atento e preparado para isso.
Nesse sentido, de forma integrada com outras secretarias e com a Fundação Perseu Abramo, apoiamos pesquisas sobre novas tecnologias e, sobretudo, sobre novas formas de discurso, construção de narrativas e disputa na internet. Entramos nesse terreno sem ilusões de neutralidade da rede mundial e sem desconhecer o seu controle pela potência imperialista. Tão pouco dissociamos os novos desafios da comunicação da disputa política e ideológica em curso no mundo e no Brasil.
A seguir um apanhado dos dois anos e meio de comunicação democrática e popular do PT.
Por Carlos Henrique Árabe, secretário nacional de Comunicação do PT no período 2017-19.
Baixe aqui o Balanço da Secretaria Nacional de Comunicação do PT
Publicado originalmente em pt.org.br.
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