O deputado Elvino Bohn Gass (PT) reafirmou ontem (16/09) na tribuna da Assembléia Legislativa que irá apresentar uma interpelação judicial em conjunto com o líder da bancada do PT, Raul Pont, e o secretário geral do PT gaúcho, Carlos Pestana, contra o ex-petista Paulo Salazar. Ao refutar as acusações feitas pelo ex-militante da sigla, Bohn Gass disse que está à disposição do Ministério Público e da sociedade gaúcha para prestar os esclarecimentos que forem necessários sobre o conteúdo da matéria publicada pela revista Veja no último final de semana. Confira matéria sobre o pronunciamento:
Veja também a Nota à imprensa divulgada por Raul Pont e Elvino Bohn Gass.
O parlamentar declarou, ainda, que Salazar não tem vínculos com seu gabinete há mais de seis anos e que, em momento algum, manifestou qualquer insatisfação. “É estranho que só agora, quase dois mandatos depois, apresente a denúncia motivado sei lá por que ou por quem”, sublinhou, lembrando que a época escolhida para divulgar as acusações – véspera da eleição – reforça o possível caráter eleitoral da denúncia.
Bohn Gass chamou a atenção também para a presença de um alto oficial da Brigada Militar na casa do ex-militante. O fato foi publicado pelo jornal Zero Hora desta terça-feira. “Este oficial quando foi questionado titubeou, alegando que lá estava para perguntar ao senhor Paulo se ele precisava de segurança. Não nutro paranóias, mas soa estranho que uma pessoa sobre quem não recai qualquer ameaça, esteja recebendo um tratamento tão especial de uma alta autoridade da segurança”, apontou o deputado, argumentando que a presença do comandante da BM no local precisa ser explicada.
Esclarecimentos
Bohn Gass afirmou que Salazar trabalhou no seu gabinete de 19 de outubro de 1999 até o dia 24 de novembro de 2002, era filiado ao PT e integrava a tendência interna do partido Democracia Socialista. “Como ele mesmo já retificou na mais recente das versões que apresenta à imprensa não era um funcionário fantasma”, frisou.
O deputado disse também que jamais se apropriou de centavo que fosse do salário de qualquer um dos seus assessores. “As contribuições de meus apoiadores, inclusive de alguns dos meus principais assessores de gabinete, ocorrem nos momentos eleitorais, conforme registra a prestação de contas de minhas campanhas. É público. É legal. E é espontâneo. São companheiros de trabalho e de projeto político”, ressaltou.