Surpreendido com o anúncio da venda do Grupo IPIRANGA para o consórcio de empresas formado pela PETROBRÁS, BRASKEM e ULTRA, o Deputado Federal Tarcísio Zimmermann subiu à tribuna para anunciar o encaminhamento de requerimento para a realização de audiência pública para debater os impactos da transação sobre a produção petroquímica brasileira, sobre os empregos e sobre o futuro do Pólo gaúcho.
Tarcísio lembra que o controle acionário do Pólo Petroquímico do Rio Grande do Sul já esteve em pauta, em 2005 e 2006. Naquele momento, era proposto que a PETROBRAS entregasse à BRASKEM sua participação majoritária em algumas das empresas do Pólo Petroquímico gaúcho em troca da ampliação da sua participação na COPESUL. Esta negociação foi rejeitada pelos trabalhadores do Pólo, que lideraram uma grande mobilização que impediu a transação.
O Deputado levantou algumas perguntas que precisam ser respondidas no interesse do País, dos empregos e do patrimônio público:
1 – Por que a PETROBRAS fica somente com 40% do patrimônio da Ipiranga na COPESUL, enquanto a BRASKEM ficará com 60%?
2 – Qual é, efetivamente, o interesse real da PETROBRAS em ser sócia minoritária da BRASKEM no Pólo Petroquímico do Rio Grande do Sul?
3 – Por que os postos de combustível da região sul e sudeste (a melhor rede da IPIRANGA e onde tem o maior consumo) ficam como grupo ULTRA e a PETROBRÁS fica com os postos das regiões menos promissoras?
“Tenho certeza que qualquer companhia do Brasil gostaria de ter com sócia minoritária a poderosa PETROBRAS, a oitava maior companhia de petróleo do mundo. Por isso, para a BRASKEM e para o grupo ULTRA este é, com certeza, um grande negócio. A questão é saber se para o povo brasileiro e para os interesses do desenvolvimento nacional este também é o melhor negócio. Para esclarecer estas questões queremos fazer esta audiência pública”, diz o deputado.