Cerca de cinco mil pessoas participaram da Marcha das Mulheres, pelas ruas do Centro do Rio, nesta segunda (18). Essa foi a primeira mobilização conjunta dos movimentos sociais que estão na cidade para a Cúpula dos Povos, evento que acontece em paralelo à Rio + 20. Segundo organizadores do evento, cerca 60 organizações participaram da manifestação.
A marcha tinha como ponto principal o protesto contra a economia verde (e sim pela “economia solidária e feminista”), e também contra a exploração feminina e a lógica do capitalismo. Pautas específicas de mulheres, como a inclusão nos espaços de poder, a legalização do aborto, o fim da mercantilização de seus corpos e do preconceito e descriminação também fizeram parte do protesto.
Com o apoio de vários movimentos sociais do país, as manifestantes percorreram a avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro da capital fluminense, até chegar ao Parque do Flamengo, local onde ocorre a Cúpula dos Povos. A realização do evento foi uma das resoluções tiradas durante a Assembleia dos Movimentos Sociais, no Fórum Social Temático, que aconteceu em Porto Alegre em janeiro deste ano.
Como já é de costume, o foco da imprensa privada ao falar da marcha foram os problemas de trânsito que uma manifestação como essa acarreta. Durante toda a manhã e início da tarde, TVs, rádios e sites dos grandes grupos de comunicação exploraram as inconveniências que o evento causou aos cariocas que se dirigiam para o Centro, sem dar a mesma atenção para as reivindicações das militantes.
A mesma crítica deve ser repetida na próxima quarta-feira (20), dia que será realizada a maior manifestação prevista para a Cúpula dos Povos. Com o título de “Marcha dos Povos em defesa do planeta e da humanidade”, a passeata promete lotar ainda mais as ruas do Centro da cidade. A concentração da marcha será às 15h, na Candelária.