Democracia Socialista

Dois anos sem Gustavo Codas | Democracia Socialista

Hoje faz dois anos da morte de Gustavo Codas Friedmann. Ele foi dirigente da Democracia Socialista e nos marcou profundamente pela elaboração criativa, dedicação militante, espírito coletivo e estilo discreto. Devemos muito a ele pela construção da CUT pela base (depois CSD) e pelo Fórum Social Mundial. Devemos muito a ele por ter nos aproximado da América Latina e de uma compreensão crítica e ao mesmo tempo engajada dos diversos ritmos das radicalizações democráticas e antineoliberais na região. 

As últimas preocupações políticas de Gustavo estavam dirigidas a compreender as mudanças de época em curso, com o endurecimento dos regimes políticos em um capitalismo cada vez mais próximo da barbárie. E sobretudo em buscar as consequências destas novas condições para ação e a organização dos marxistas-revolucionários. Seu socialismo sempre teve a marca do compromisso com a ação. Sua elaboração política original combinava profundo conhecimento, permanente inquietação e determinação. 

Sua contribuição ao PT foi reconhecida pela companheira presidenta Gleisi Hoffmann e pelo companheiro ex-presidente Lula. A Fundação Perseu Abramo dedicou-lhe a revista que leva seu nome. A CUT manifestou imenso pesar pela perda do seu antigo assessor. Recentemente foi homenageado em Assunção com a edição do seu livro Paraguay (a edição original brasileira encontra-se em https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/sites/5/2019/05/Paraguai-web.pdf).

Paulo Paraguaio foi o primeiro nome com o qual Gustavo ficou conhecido aqui no Brasil no começo dos anos 80. Identificado com a contribuição teórica de Ernest Mandel, procurou e encontrou a Democracia Socialista. Tornou-se um dos dirigentes mais queridos e mais importantes da nossa corrente. Com seu portunhol passamos a escrever nosso internacionalismo.