Democracia Socialista

DS realiza seminário A Esquerda como alternativa

A Democracia Socialista realizou na última segunda-feira, 10 de agosto, o seminário A Esquerda como alternativa. O evento, que contou com a participação de André Singer (Ciência Política/USP), Arlete Sampaio (deputada distrital PT/DF), Artur Scavone (editor do portal A Terra é Redonda), Nalu Faria (coordenadora da MMM) e Raul Pont (membro DN PT), debateu as saídas para a crise política que o Brasil atravessa.

Raul Pont considerou um erro o Partido dos Trabalhadores não liderar a unificação da esquerda no processo eleitoral de 2020. Para ele, “nós precisamos construir uma frente de esquerda como bloco político orgânico, permanente, programático. Um projeto de longo prazo para que nós possamos não só termos vitórias agora, mas tirarmos todas as consequências desta luta municipal”.

O cientista político André Singer defendeu que a frente de esquerda tenha como programa eleitoral, a despeito das questões municipais, revogar o teto de gastos e a reforma trabalhista. Essas são medidas imediatas para recomeçar a construir os direitos sociais duramente atacados no últimos período. Singer ainda defende uma frente social pela democracia. Segundo ele, necessária para impedir a escalada autoritária em curso no país e derrubar o governo bolsonarista.

A filósofa Marilena Chaui enviou uma contribuição ao debate (baixe aqui). Em sua mensagem, a professora da USP ressaltou a importância de uma frente de esquerda para derrotar o tenebroso governo de Jair Bolsonaro. Segundo ela, “a unidade ético-política da solidariedade é o que permite aos seres humanos passar da condição de vítimas passivas à de agentes capazes de tomar seu destino em suas próprias mãos. E aprendemos com Marx que a mudança não pode ser feita para os trabalhadores e sim por eles”.

Durante o debate foi lançada a Revista Democracia Socialista. Em sua nona edição, a publicação está dedicada à análise da crise política e da construção de alternativas e saídas, a partir de um ponto de vista socialista, democrático e popular. Como ressaltou Tatau Godinho, uma das editoras desta edição, “[a revista] é um insumo político para o debate que precisamos nesse período de desgoverno de direita e pandemia”.

O evento ainda homenageou  o companheiro Gustavo Codas que faleceu em 11 de agosto de 2019. Codas chegou ao Brasil nos anos 80, exilado da ditadura de Stroessner. Logo integrou-se à Democracia Socialista e desde então fez parte da corrente petista. Militante incansável, é uma referência de pensamento crítico, internacionalismo, comprometimento com a formação política e a organização da classe trabalhadora. Sua partida deixa enorme saudade.

ASSISTA AO DEBATE: 

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