A presidenta do PT e os presidentes do PSOL, do PC do B, do PSTU, UP, PCO , PCB, e mais juristas renomados , 400 entidades, movimentos, protocolaram hoje um pedido coletivo de impeachment do presidente Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A iniciativa é diferente das anteriores porque tem amplo peso político e social, sinalizando positivamente ao desafio de construir as condições políticas para um apoio majoritário e legitimado a esta saída democrática e popular da crise nacional.
Este movimento acontece em meio a explosão de vítimas do Covid-19 no país. A queda de mais um ministro da saúde resultou em mais um militar assumindo um posto-chave no governo. Como primeiro “grande feito”, o ministério agiu para liberar o protocolo da Cloroquina, a despeito da opinião da comunidade médica e científica. O Brasil caminha para tornar-se o epicentro mundial da pandemia, acelerando a dinâmica de genocídio e barbárie que caracteriza o governo Bolsonaro.
Em paralelo, a escalada autoritária do governo segue seu curso: apoio ao “Acampamento dos 300”, iniciativa de caráter miliciano e fascista; incitação de sublevação das Forças Armadas contra a democracia; convocação de empresários para a “guerra contra governadores”.
A iniciativa de protocolar o impeachment abre novos desafios para a consolidação do polo democrático e popular que protagonizou a ação:
1 ) Ampliar o movimento na sociedade, conquistando a adesão de mais organizações do campo popular.
2) Formar uma coordenação unitária do movimento “Fora Bolsonaro”.
3) Avançar na construção de um programa comum de refundação democrática do Brasil.
4) Disputar com a oposição neoliberal ao governo, aumentar o isolamento político do presidente e construir apoio social e político para a convocação de novas eleições.
5) Devolver ao povo o direito de escolher os destinos da nação.