Ao encarar o desafio de governar uma das maiores cidades brasileiras, em 2005, sabíamos que, diante da complexidade dos problemas urbanos de Fortaleza, era fundamental, acima de tudo, coragem política! E quando falo em coragem política, me refiro ao rompimento dos impasses estruturais que impediam o desenvolvimento sustentável de nosso Município e eram responsáveis por uma desigualdade social profunda e aviltante! Era necessário centrar nossos esforços em políticas urbanas de habitação, saúde, educação e transporte. Demandas que eram e sempre serão urgentes para a maioria da população.
Também sabíamos que a escassez de recursos próprios era um problema crônico e refletia na capacidade de investimento do orçamento municipal. Por isso, além de conseguirmos ampliar nossa receita própria com a modernização do aparelho tributário sem aumentar impostos, priorizamos o esforço de captação de recursos de outras fontes, principalmente do Orçamento da União.
O resultado pode ser medido em números. Desde 2006, Fortaleza lidera o ranking de investimentos públicos entre as capitais nordestinas.
Somente em 2011 foram aplicados R$ 334,5 milhões. Isso significa que Fortaleza responde atualmente por 27,3% do investimento público no Nordeste.
Esses índices estão materializados no dia a dia de nossa população. São as famílias que saíram de áreas de risco e hoje moram nos conjuntos habitacionais, como o Vila do Mar e o Maravilha. São as pessoas que circulam em avenidas restauradas pelo Transfor, como a Mister Hull e a Bezerra de Menezes. São as crianças que frequentam escolas reformadas ou construídas em nossa gestão. Para se ter uma ideia, de 2005 a 2011, foi criada praticamente uma escola a cada mês de governo e construímos uma nova sala de aula a cada três dias.
Mas o mais importante é saber que alcançamos tudo isso sem, em nenhum momento, abrir mão de nossos valores e de nosso ideal de uma Fortaleza menos desigual, mais desenvolvida e mais sustentável.
* Luizianne Lins é jornalista, militante da DS e prefeita de Fortaleza.