Jornal DS – 18. Encontro trará formação política e auto-organização.
Entre os dias 25 e 28 de maio, na cidade de Belo Horizonte, acontece o I Encontro Nacional de Ativistas da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). São esperadas 500 mulheres de diversos estados do Brasil.
O encontro tem objetivos que combinam formação política, a partir do desenvolvimento de debates, e um forte caráter de organização e planejamento. Será o espaço adequado tanto para impulsionar a organização da MMM no âmbito dos estados quanto para avançar na construção da identidade política do movimento, a partir de bases comuns de análise e de formas de ação. Também será esse o espaço privilegiado para organizar uma agenda de lutas para 2006/2007 e de a militância brasileira se preparar para o Encontro Internacional da MMM, que acontecerá no mês de junho em Lima, Peru.
O evento está apoiado em mesas de debate, grupos de discussão, oficinas e programação cultural. Os temas a serem desenvolvidos são diversos e mantêm inter-relação. Nas mesas, por exemplo, serão pautados debates como o combate à violência contra a mulher; desigualdade no mercado de trabalho e por uma economia feminista (que envolve questões como a necessária valorização do salário mínimo); a luta pela legalização do aborto; a luta contra a mercantilização do corpo e da vida das mulheres. Também terão espaço temas como soberania alimentar e reforma agrária, a luta contra o livre-comércio e a militarização, biopolítica e biodiversidade, entre outros.
É esperada a participação de diversos setores de mulheres, como camponesas, negras, lésbicas, jovens, portadoras de deficiência. Assim, estarão garantidos recortes específicos para cada um dos debates promovidos. Mas também estarão contempladas nas mesas discussões como a questão da sexualidade, que dialoga com a luta das mulheres homossexuais, e as mulheres na luta anti-racista.
A Marcha Mundial das Mulheres tem sido um dos principais movimentos impulsionadores da luta feminista no Brasil. A partir de um caráter anticapitalista e de solidariedade internacional, a MMM tem ampliado sua organização em muitos estados e dialogado com importantes setores de mulheres organizadas a fim de “mudar o mundo para mudar a vida das mulheres”.