Na semana passada, a Revolução Sandinista, que derrubou a ditadura nicaraguense de Anastasio Somoza, completou 30 anos.Milhares de sandinistas se mobilizaram no domingo 19, de diversos pontos do país até a capital, para comemorar os 30 anos da insurreição popular que derrotou a ditadura de Anastasio Somoza.
Delegações de organizações de mais de 20 países participaram das celebrações, com saudações ao acontecimento que despertou grande admiração e solidariedade no mundo. Entre as personalidade presentes, estavam Rigoberta Menchú, guatemalense ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1992, e a senadora colombiana Piedad Córdoba, da Associação Colombianos pela Paz.
A multidão, que agitava bandeiras vermelhas e pretas da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), também carregava mantas destacando os programas sociais que o governo desenvolve, como educação e saúde gratuitas, moradia digna ou ruas para o povo.
A grande concentração popular reafirmou a solidariedade latino-americana com o povo hondurenho e com seu presidente constitucional, José Manuel Zelaya. O foi dito categorigamente pelo chefe de Estado, Daniel Ortega, que desqualificou o processo de mediação encaminhado pelo mandatário costa-riquense, Oscar Arias, e sustentou que a negociação patrocinada por Washington é inaceitável. Diante das centenas de milhares de nicaraguenses que lotaram a Plaza de la Fe, em Manágua, o governante destacou que será a vontade do povo hondurenho que restituirá Zelaya ao poder.
Sustentou que, para resolver a situação hondurenha, os golpistas têm que cumprir as resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA), das Nações Unidas, dos países membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), do Grupo do Rio e do Sistema de Integração Centro-Americana (Sica).
Ortega também reafirmou que é completamente falso que o exército de seu país tenha enviado tropas a Honduras, como, segundo disse, informaram os meios de comunicação a serviço dos golpistas na nação vizinha. De sua parte, o chanceler da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, ao avaliar a situação no país, solicitou respeito à paz, à soberania e à liberdade dos povos.
(Com informações do Granma Internacional)