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Mídia boliviana incita a divergência e não a conciliação, diz presidente do ParlaSul

Mídia boliviana incita a divergência e não a conciliação, diz presidente do ParlaSul
Dr. Rosinha, presidente do ParlaSul, cumprimenta o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera

O presidente do Parlamento do Mercosul (ParlaSul), deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), criticou na tarde deste domingo em La Paz a cobertura da mídia boliviana e elogiou a organização do referendo revogatório de mandatos no país. A delegação de observadores do Mercosul, após acompanhar o processe de votação e a apuração dos resultados em diversas regiões da Bolívia, deve emitir um parecer oficial sobre o referendo no final da manhã desta segunda-feira (11/8).

Dr. Rosinha encontrou-se neste domingo (10/8) com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera. Após percorrer dez locais de votação em La Paz, parlamentar brasileiro elogiou a organização do referendo.

O presidente do Parlamento do Mercosul (ParlaSul), deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), criticou na tarde deste domingo (10/8) em La Paz a cobertura da mídia boliviana e elogiou a organização do referendo revogatório de mandatos no país.

“Vejo que os meios de comunicação na Bolívia, em geral, parecem empenhados em desconstruir qualquer possibilidade de conciliação pós-referendo”, declarou Dr. Rosinha. “A mídia boliviana aposta no dissenso, e não no diálogo.”

Coordenador da delegação de observadores do Mercosul ao lado do argentino Carlos Chacho Álvarez, Dr. Rosinha encontrou-se nesta manhã com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, e com o presidente da Corte Nacional Eleitoral, José Luis Exeni.

“Já visitamos mais de dez locais de votação aqui em La Paz, e pude constatar um alto grau de participação dos eleitores e um processo tranqüilo, organizado, sem grandes filas”, relata o deputado brasileiro. “Em algumas urnas, mais da metade dos eleitores já haviam votado pela manhã.”

Conforme o presidente do ParlaSul, a tendência é de que o comparecimento supere a marca de 70% dos eleitores, percentual inicialmente estimado pela CNE. O clima em La Paz é de sol e a temperatura, superior a 20º. Somente automóveis autorizados podem circular pelas ruas.

Os mais de 4 milhões de eleitores aptos a votar foram convocados a responder a duas perguntas. A primeira, relativa ao mandato presidencial, questiona o seguinte: “O senhor está de acordo com a continuidade do processo de mudança liderado pelo presidente Evo Morales Aima e pelo vice-presidente Álvaro García Linera?”

No caso de oito dos nove governadores, os bolivianos devem responder à seguinte questão: “O senhor está de acordo com a continuidade das políticas, das ações e da gestão do prefeito do departamento (governador)?”

As cédulas contêm duas opções: um quadro com a palavra “sim”, na cor verde, e outro vermelho, com a palavra “não”. Conforme as regras do pleito, previstas em lei, seriam necessários 53,7% dos votos para tirar Evo Morales da presidência.

Polêmica

A CNE estabeleceu que os mandatos dos governadores serão revogados apenas com mais de 50% dos votos. A legislação, por sua vez, estabelece como parâmetro o percentual de votos obtidos nas urnas —entre 38% e 48%, conforme o departamento—, o que facilitaria a perda do mandato dos governadores.

Dr. Rosinha informa que os observadores do Mercosul irão debater na noite de hoje se acatam a polêmica norma criada pela CNE. “É fato que essa norma trouxe mais respeitabilidade ao processo eleitoral, e tirou parte dos argumentos de seus críticos”, observa o presidente do Parlamento do Mercosul.

Os observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) já deram indícios de que concordam com a norma da corte eleitoral.

Pesquisas apontam que Evo Morales será mantido em seu cargo com aproximadamente 59% dos votos. A totalização final dos votos deve demorar alguns dias. Quanto aos governadores, há alta probabilidade de ao menos dois terem seus mandatos revogados pela população: os governadores de La Paz e de Cochabamba.

“Esperamos que o resultados das urnas, seja ele qual for, seja respeitado por todas as forças políticas da Bolívia”, diz Dr. Rosinha. “Acima de tudo, defendemos a integridade territorial e a paz nesse país.”

A delegação de observadores do Mercosul, após acompanhar o processe de votação e a apuração dos resultados em diversas regiões da Bolívia, deve emitir um parecer oficial sobre o referendo no final da manhã desta segunda-feira (11/8).

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