A Marcha Mundial das Mulheres, em reunião da coordenação nacional, com a participação de 19 Estados e 47 representantes, expressa a indignação com a eleição e manutenção do Pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM).
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara deveria ser um espaço para garantir a promoção dos direitos humanos, a igualdade de gênero, o fim do racismo, da homofobia e a lesbofobia frente às ofensivas contra os direitos de igualdade e liberdade que se expressam no conjunto da sociedade, mas também no parlamento.
Este espaço é um dos que primava pela democracia e pela valorização das lutas dos movimentos sociais. Por isto, as manifestações públicas do Deputado Marco Feliciano contra os direitos e conquistas das mulheres, homossexuais, negros causa indignação e repúdio. Esta indicação é uma afronta a democracia e aos direitos inalienáveis na luta contra todas as formas de preconceito e discriminação.
Manter este deputado à frente da Comissão significa a conivência do parlamento com a ofensiva conservadora e misógina que enfrentamos na sociedade, fruto da influência declarada de setores conservadores e fundamentalistas e que tentam impor o pensamento único em contraposição aos princípios de igualdade e liberdade, ferindo o Estado Laico.
Seguimos na luta pela liberdade e igualdade entre homens e mulheres, pelo fim da criminalização das mulheres e a legalização do aborto, pela liberdade na vivência da sexualidade, em defesa da igualdade racial. Por isso, repudiamos a manutenção do de Marcos Feliciano à frente desta Comissão assim como estamos alertas as movimentações dos setores conservadores.
Nem Marco Feliciano nem qualquer outro(a) deputado(a) homofóbico e lesbofóbico, racista e/ou misógino nos representa.
Seguimos em marcha até que todas sejamos livres!
Marcha Mundial da Mulheres