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Mobilizar a militância, reeleger Lula presidente! | Democracia Socialista

Em grande contradição com o momento político, a reunião do Diretório Nacional do PT no dia 17 de fevereiro mostrou o inverso do que o partido precisa. Mais que nunca, o PT necessita de debate fraterno, de construir unidade, de ampliar nossas forças em defesa da democracia e dos direitos da imensa maioria do povo brasileiro. O Brasil e o mundo vivem um momento difícil e é daí que deve decorrer a nossa agenda de debate estratégico.

O que está em jogo é muito mais do que a divisão de cargos na próxima direção. A inversão de perspectivas aumenta os riscos políticos porque desvia o partido das suas enormes tarefas na defesa do programa, do nosso governo e no enfrentamento das ameaças da extrema direita cada vez com mais traços fascistas. O principal partido do país, e um dos principais partidos de esquerda do mundo, construiu sua legitimidade e admiração pela prática da democracia inclusive nas suas instâncias e nas suas bases.

É por isso que nos manifestamos contra os métodos antidemocráticos aplicados na reunião do Diretório Nacional de 17 de fevereiro, bem como seus resultados na contramão das necessidades do PT e da conjuntura. Defendemos o princípio elementar de que num partido democrático com pluralidade, com direito de tendência, a unidade se constroi no debate, no diálogo, com a vontade comum de buscar convergências a partir das opiniões de iguais dentro do partido.

Nos dois últimos congressos, por acordo, retomamos a possibilidade da politização, do debate, da formação da militância para ter consciência do porque se move, pelo que está lutando e construindo. Realizamos congressos representativos, elegemos direções combinando voto direto na base e debate congressual. Agora, na reunião de 17 de fevereiro, numa página triste da nossa história, aprovou-se eleger as novas direções num único ato de votação, de forma burocrática e despolitizadora.

Não bastasse isso, em plena quebra do estatuto, prorroga a repetição de mandatos nas direções partidárias e nos mandatos parlamentares. Questões que estão nas nossas regras não por enfeite ou para propaganda, mas pela consciência partidária que a experiência histórica nos ensinou de que estamos todos sujeitos a burocratização, ao acomodamento, aos privilégios e vantagens dos cargos.

Vamos continuar a lutar por um partido democrático, militante e socialista capaz de enfrentar a agenda real da luta de classes. Continuaremos a mobilizar a militância petista e a dialogar por uma nova direção partidária que, com métodos democráticos, mantenha acesa a esperança da transformação e a força para reeleger nosso projeto para o Brasil.

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