Por William Nozaki
O presente artigo aborda a relação entre as moedas nacionais e as reservas internacionais no cenário pós-crise.
Embora a crise financeira tenha despertado a atenção para a necessidade de os países buscarem sua soberania financeira, ela também reiterou a centralidade do dólar e dos títulos americanos no mercado financeiro internacional.
Tal processo ocorreu pois, se por um lado, os países emergentes puderam acumular mais reservas internacionais (ampliado sua autonomia e sua possibilidade de implementar políticas econômicas alternativas ao padrão neoliberal), por outro lado, esses mesmos países mantiveram parte substantiva dessas reservas acumuladas em dólares (reiterando o papel da moeda americana no topo da hierarquia das moedas nacionais).
Sendo assim, a primeira década do século XXI parece demonstrar a existência de uma inversão na hierarquia dos Estados Nacionais. Alguns países emergentes têm superado em crescimento certos países “desenvolvidos” da Europa e da Ásia; entretanto não há indícios de que qualquer outra moeda possa, nesse momento, substituir o dólar no cenário comercial e financeiro global.
Isso nos leva a crer que a crise do neoliberalismo, a crise dos EUA e a crise do dólar são três processos correlacionados, mas com temporalidades diferentes.
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