As últimas pesquisas divulgadas pelo IBOPE revelam o crescimento expressivo da candidatura da presidenta Dilma para 2014, além da recuperação dos índices de aprovação do governo e da imagem da presidenta. A recuperação de Dilma e do governo reflete o acerto da estratégia da presidenta ao lidar com as manifestações: abrir o diálogo com a sociedade, propor medidas ousadas de avanço no campo político e social e comunicar tais medidas de maneira clara, direta e honesta. O melhor exemplo de tal estratégia é o já bem sucedido programa “Mais Médicos”, que conta com amplo apoio popular e atende uma necessidade básica e imediata da população: a melhoria dos serviços de saúde pública, particularmente para as cidades e populações mais carentes.
Reflete também a recuperação econômica do Brasil que, para desalento dos pessimistas encastelados em parte da mídia oposicionista, mostra sinais inequívocos de retomada do crescimento, com geração de empregos e baixa inflação.
Neste momento de recuperação e de crescimento de Dilma e do Brasil, o PT deve se preparar para crescer junto com o país, liderando politicamente um novo ciclo da revolução democrática. Precisamos de uma direção partidária que debata com a sociedade um novo projeto de desenvolvimento nacional para o próximo período, que preserve as conquistas dos governos Lula e Dilma, mas garanta novos avanços. Para isso, não podemos ficar reféns de um sistema político que limita nossos avanços e bloqueia o debate democrático das reais soluções para os graves problemas que persistem no país.
Por este motivo, o centro de nossa estratégia deve ser a realização de uma profunda reforma política, que amplie a participação popular e afaste a influência do capital da esfera pública. Não podemos aceitar a mini-reforma eleitoral proposta pelo Senado, de efeitos meramente cosméticos, muito menos o projeto de reforma eleitoral proposto pela comissão da Câmara, comandada pelo PMDB com a inaceitável participação do deputado da CNB Candido Vaccarezza, uma verdadeira contra-reforma.
A Mensagem ao Partido defendeu, nas últimas reuniões do Diretório Nacional do PT, e continuará a defender firmemente, a posição da presidenta Dilma: plebiscito já, para realização de uma constituinte exclusiva para reforma política. Não é possível defender esta proposta ao mesmo tempo em que se permite que um deputado petista articule, à revelia do restante do Partido, uma proposta de reforma política contrária a nossas bandeiras históricas. Apenas um PT forte, unido, democrático, ligado aos movimentos sociais e com ampla capacidade de comunicação e diálogo pode dar conta de liderar esta agenda de transformações que se impõe. O PT precisa mudar para continuar mudando o Brasil!