A mobilização popular em defesa de Lula, que se instalou dentro e nos arredores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, significou avanços em duas direções de forma combinada: na consolidação de uma linha de massas para a defesa de Lula e no papel efetivo da frente democrática de esquerda, simbolizada de forma clara no palanque com Lula, Gleisi, Boulos e Manuela. Sem deixar de falar, é claro, dos religiosos ao lado do povo, em especial Dom Angélico Sândalo, e dos artistas e intelectuais que posicionaram-se em defesa da democracia e solidários ao presidente Lula.
É como se houvesse uma atualização das forças fundamentais que fundaram o PT e uma síntese com mais correntes de esquerda.
Esse processo está por se desenvolver na luta pela libertação de Lula. E o seu momento agora é Curitiba, com o acampamento popular em frente a Policia Federal, que deve se transformar na sede nacional da disputa política.
A defesa de Lula deve ser, então, conduzida como convergência da esquerda e frente política de todas as forças da democracia. Ao mesmo tempo, é preciso vinculá-la cada vez mais ao enfrentamento das reformas neoliberais, à revogação de todas as medidas golpistas e à participação política do povo na definição dos rumos do país. Foi o que Lula propôs, aliás, no seu memorável discurso em São Bernardo do Campo.
A libertação de Lula é a mobilização central e o núcleo fundamental da luta política agora.
A campanha “O povo quer LULA LIVRE” tem o potencial de ser a campanha política mais forte, nacional e internacional, de toda a história brasileira. É preciso colocar toda a força política do PT – institucional, nos movimentos sociais, na batalha da comunicação e na solidariedade internacional – na organização desta campanha.
A disputa por Lula Livre é o centro de decisão da politica brasileira. A candidatura presidencial de Lula é claramente a opção democrática radical capaz de derrotar o golpe.
Grupo de Trabalho Nacional da Democracia Socialista