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O renascer constante de Ângela Borba

Está todo florido o manacá plantado em 1998 nos jardins da Fundação Perseu Abramo em homenagem a Ângela Borba, militante petista, feminista e conselheira da Fundação. Ano a ano, as flores roxas e brancas cobrem os galhos do manacá e parecem mandar um recado, de que os ideais de Ângela estão mais vivos do que nunca.

Do blog da Fundação Perseu Abramo

Ela foi uma das responsáveis pela introdução do debate sobre a participação das mulheres nas direções partidárias. No artigo “Infinito quebra-cabeça”, Paulo Guimarães, companheiro de Ângela na época de sua morte em 1998, escreveu: “Ângela sempre soube onde pisava. A defesa dos princípios feministas foi fundamental para que no mundo masculino da política tivesse exata noção dos espaços a conquistar. A nós, homens petistas, falta ainda compreender a importância dos valores que companheiras feministas e petistas trouxeram para nossa desenxabida, insípida, dura e por vezes raivosa convivência partidária. Ângela não abria mão nem de seus pontos de vista nem da suavidade e respeito ao ser humano”.

Ângela organizou, juntamente com Nalu Faria e Tatau Godinho, o livro Mulher e política: Gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. É de sua autoria o artigo “Quadros de estatísticas sobre a participação da mulher no processo eleitoral”. O livro foi editado pela FPA em 1998 e está esgotado, mas pode ser baixado gratuitamente na Biblioteca Digital da Fundação Perseu Abramo.

Em 1992, durante o Seminário Internacional sobre Cotas, promovido pelo PT, Ângela e Dulce Pereira entrevistaram três mulheres feministas: Elke Korte, do SPD – Partido Social Democrata da Alemanha, Mariella Gramaglia, do PDS – Partido Democrático da Esquerda (ex-PCI – Partido Comunista Italiano) e Carmem Beramendi, da Frente Ampla do Uruguai.

Na sessão Memória da revista Teoria e Debate (ed. 39, out/nov/dez 1998), estão publicados três artigos que reverenciam Ângela Borba: “Bandeira de estrelas afiadas”, de Graciela Rodríguez e Lígia Dabul; “Rebeldia e integridade”, de Fernanda Carneiro, e “Infinito quebra-cabeça”, de Paulo Guimarães.

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