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Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo instituto Methodus aponta redução de 19 pontos na distância entre Yeda Crusius (PSDB) e Olívio Dutra (PT). Em relação à pesquisa anterior do mesmo instituto, a candidata tucana caiu de 59,1% para 49,2%, enquanto Olívio subiu de 34% para 43,1%.
Marco Aurélio Weissheimer – Carta Maior
PORTO ALEGRE – Saíram os números da nova pesquisa do Instituto Methodus, encomendada pela revista Voto, sobre a disputa para o governo gaúcho. Olívio Dutra (PT) disparou e encostou em Yeda Crusius (PSDB). A candidata tucana aparece com 49,2% das intenções de voto e Olívio subiu para 43,1%. Na pesquisa anterior, divulgada na semana passada, Yeda tinha 59,1% e Olívio 34%, no levantamento estimulado. A vantagem, que era de 25,1 pontos na semana passada caiu para 6 pontos percentuais. O índice de indecisos está em 4% e o de brancos e nulos em 3,8%.
A pesquisa foi realizada nos dias 23, 24 e 25 de outubro, entrevistando 2200 eleitores de 50 cidades gaúchas. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuaispara mais ou para menos. O levantamento está registrado no TRE sob o nº 63.082/2006.
Segundo esses números, Yeda estaria perdendo cerca de um ponto por dia. Mantida esta tendência nos quatro dias que faltam até a eleição, Olívio chegaria ao dia 29 com 46,7% contra 45,2% de Yeda. O resultado da pesquisa surpreendeu inclusive aliados da candidatura tucana, como o jornalista Políbio Braga, que comentou em seu site: “A queda de Yeda e o avanço de Olívio são surpreendentes, o que quer dizer que Olívio Dutra poderá virar a eleição no RS até domingo”.
O crescimento de Lula no Sul
O resultado da pesquisa do instituto Methodus confirma a tendência de crescimento da candidatura Lula também no Rio Grande do Sul. A pesquisa do Datafolha divulgada terça-feira no Jornal Nacional confirmou o crescimento de Lula em todo o país. O maior índice de crescimento se deu justamente na região Sul. A propósito deste crescimento, o jornalista Franklin Martins observou:
“Embora nessa região Lula continue atrás de Alckmin, a virada aí foi ainda mais forte do que no resto do país. Na primeira semana de outubro, o candidato tucano tinha 26 pontos de vantagem sobre o petista (63% a 37%). Hoje, a diferença está reduzida a 6% (placar de 53% a 47% para Alckmin). Tudo somado e subtraído, o deslocamento eleitoral favorável a Lula no Sul teria sido de 20 pontos, quatro pontos percentuais acima do que se verificou no Sudeste e oito pontos acima do que se registrou no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste. Ou seja, se as urnas confirmarem os números do Datafolha, que, aliás, estão em linha com os de todos os outros institutos, Lula se reelegerá vencendo na maioria das regiões e dos estados brasileiros. Não teremos, assim, um país dividido entre vermelhos ao Norte e azuis ao Sul, como chegaram a sugerir alguns analistas mais rápidos no gatilho do que certeiros na pontaria”.