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O 8 de março para além de uma comemoração é um dia de muita mobilização da luta feminista. A data foi originalmente criada em 1917 pelas mulheres do partido socialista. Ao longo da história as mulheres se organizaram para exigir melhores condições de trabalho, igualdade entre homens e mulheres e em defesa da vida. É fundamental resgatar nossas origens, para lembrar que somos parte de um projeto em movimento para mudar a vida das mulheres.
No momento atual o Brasil enfrenta uma série de crises, humanitária, social, econômica, sanitária e política. Ser em defesa da vida das mulheres, é exigir o Fora Bolsonaro, esse governo genocida e negacionista não nos apresenta soluções válidas e eficientes para atravessarmos todas as crises. A pandemia mundial do Coronavírus já matou mais de 260 mil brasileiros1, e também causou um agravamento das desigualdades sociais. Nós mulheres temos a cada dia que passa nos reinventado nesta sociedade patriarcal, machista, racista e misógina para garantir a nossa sobrevivência.
O Ministério da Educação foi incapaz de garantir a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com segurança, a marca do enem deste ano foi abstenção. Dados revelam que houve 55,3% de abstenções2 no exame presencial e 71,3%3 no formato digital. Trazendo o debate da exclusão digital e da sobrecarga de trabalho doméstico que afeta principalmente as meninas, que muitas vezes largam a escola para ajudar nas tarefas de cuidado em casa. O governo não debateu como alcançar essa juventude que não conseguiu acompanhar de forma remota as atividades escolares e abandonaram esse espaço que é tão importante para a transformação das vidas.
Precisamos pensar no futuro da juventude brasileira, garantir internet, material e merenda escolar é necessário para que os estudantes não sofram ainda mais com a desigualdade educacional e a desnutrição, Bolsonaro precisa sancionar urgente a PEC da Conectividade. Nós estudantes secundaristas exigimos Fora Bolsonaro, Vacina para todos, Auxílio Emergencial já e o fim de todas as formas de violência.
Organizadas nas escolas de norte a sul do Brasil, pautadas na solidariedade construímos alternativas a esse modelo. Todas as conquistas só foram alcançadas com muita organização, como diz Rosa Luxemburgo “Quem não se movimenta não sente as correntes que os prende”. É nos movimentando que mudamos as estruturas, então vem conhecer e construir essa resistência.
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1 https://news.google.com/covid19/map?hl=pt-BR mid=%2Fm%2F015fr&gl=BR&ceid=BR%3Apt-419
2. https://g1.globo.com/educacao/enem/2020/noticia/2021/01/24/abstencao-do-enem-2020-e-de-553per cent-24-milhoes-foram-aos-locais-de-prova-neste-domingo.ghtml
3. https://g1.globo.com/educacao/enem/2020/noticia/2021/02/07/enem-digital-teve-abstencao-de-713per cent.ghtml
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Pâmela Layla é diretora de mulheres da UBES