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#PatrusPrefeito: pela ampliação da esfera pública em diálogo com a juventude

312965Por Estevão Cruz *

O lançamento da candidatura do companheiro Patrus para Prefeito de Belo Horizonte está sendo festejada por toda a esquerda partidária, pelos movimentos sociais e populares e pela população da cidade que carrega no coração as utopias abertas pelas marcantes gestões petistas na cidade.

No PT, a nossa corrente e o campo que ajudamos a construir durante as discussões internas compartilham esse clima de felicidade e também do sentimento de vitória. Em nossa opinião, a tese que formulamos para os encontros partidários se mostrou correta ao longo do processo, pois propunha pavimentar um caminho de unidade interna com retomada da nossa identidade socialista e encontrar saídas táticas para esse objetivo estratégico, alcançado ao final do processo.

A política é um xadrez difícil de ser jogado, mas nessas eleições a questão decisiva sempre foi a de criar as condições para essa vitória política do PT. No início das discussões indicávamos que a realização desse debate de forma pública era importante para o PT, pois: 1) numa primeira hipótese, forçaria o PSB a ceder ao nosso movimento e a esvaziaria as pressões do PSDB; ou 2) num segundo caso, fortaleceria nossas razões de candidatura própria caso o PSB optasse ao final por corresponder às expectativas do PSDB. Após um processo forte que parecia confirmar a primeira hipótese, prevaleceu a segunda. Em ambos os casos, a força da mobilização interna do PT em torno da candidatura própria combinada com a disposição pública de repactuação com o PSB até o final, deixa para eles o ônus e o desgaste do rompimento e oferece uma primeira razão pública para a candidatura própria do PT.

Além disso, a opção do Prefeito de rejeitar a repactuação com o PT, com os movimentos populares e com a população mais pobre da cidade o enquadrou de forma definitiva no projeto tucano, com seus modelos empresariais de gestão do Estado. Essa segunda razão pública é capaz ainda de dar nitidez e contorno à disputa de projetos que se trava na cidade, sintonizando-a com a dinâmica nacional: de um lado estarão as forças regressivas e a sua defesa da hegemonia da esfera mercantil sobre a sociedade e o Estado; de outro, as forças de esquerda e progressistas e a luta pela ampliação e fortalecimento da esfera pública.

A campanha eleitoral será difícil e com resultados ainda imprevisíveis, mas o contorno dessa disputa será importante para politizar a cidade e, em especial, a juventude. Nós somos 632 mil jovens belorizontinos, representando cerca de 28% da população. Praticamente 2/3 de nós está no mercado de trabalho e desses quase 90% estamos ocupados. Esse fortalecimento econômico e social – ainda limitado pela maior incidência de trabalhos precários e de baixa remuneração-, reforça a necessidade de ampliação da esfera pública, combinando novos equipamentos públicos de saúde, educação, cultura, esporte, moradia, etc, com a retomada dos espaços de participação popular.

Um dos primeiros grandes desafios dessa campanha será o de apresentar o companheiro Patrus à essa nova geração de jovens, vinculando o Patrus de 20 anos atrás às necessidades do presente. Para nós, é exatamente essa defesa do fortalecimento da esfera pública contra o modelo privatista que conquistará os corações e mentes da juventude, reforçando os sonhos e a esperança na população de BH.

* Estevão Cruz é diretor de Políticas Educacionais da UNE, militante da JPT e integrante da coordenação nacional de juventude da Democracia Socialista.

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