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Pela vida das mulheres | Anita Lucas de Oliveira

No dia 8 de março, no Brasil e no mundo, se comemora as conquistas econômicas, sociais e políticas das mulheres, fruto das lutas protagonizadas por elas. No entanto, hoje precisamos continuar a luta, pois as mulheres ainda padecem com o patriarcalismo arraigado na sociedade. Neste ano, em plena pandemia, o nosso dia de luta, mais do que nunca, será para gritarmos que nos queremos vivas. 

Basta de mortes de mulheres negras, mulheres operárias, mulheres profissionais da saúde, trabalhadoras domesticas, indígenas, quilombolas e mulheres trans. Com a pandemia, as desigualdades de classe, raça e gênero se aprofundaram. O vírus, além das mortes, provocou o aumento da pobreza e do desemprego, o aumento das jornadas de trabalho, e a dependência econômica das mulheres. 

Todos os dias, assistimos a morte de mulheres dentro de suas casas, provocada pelo homem com quem convivem. Mulheres trans e travestis são assassinadas a cada dia, pela homofobia e transfobia. A violência doméstica, política, institucional e obstétrica segue matando as mulheres. 

Com a política genocida do governo federal, os povos indígenas e quilombolas estão sofrendo extermínio, com a expulsão de seus territórios, com o homicídio de suas lideranças e o aumento da fome, afetando em muito a vida das mulheres destes povos. 

Neste momento, está evidente a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para a garantia da vida do povo brasileiro. As mulheres, carregam nas costas a responsabilidade pelo trabalho de cuidados e pela saúde de todas as pessoas. Neste dia 8 de março nosso grito é pela vida, é contra o racismo, contra a homofobia! BASTA DE VIOLÊNCIA! NOS QUEREMOS VIVAS! VACINA JÁ PARA TODES!

  • Anita Lucas de Oliveira é médica e militante da Marcha Mundial das Mulheres

Artigo publicado no jornal de Novo Hamburgo (RS)

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