Entre os gaúchos que assinam o Manifesto ao Partido, além de Pont e Tarso Genro, estão o presidente do PT Olívio Dutra, o ex-Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, entre outros.
De acordo com Pont, o texto não substitui as teses que a partir de março prepararão o Congresso previsto para julho. “A mensagem visa garantir um espaço para que dirigentes de várias posições mantenham diálogo e unidade de pontos comuns para a construção partidária e orientação ao governo”, declarou o petista.
Raul Pont fará a defesa do documento na reunião do Diretório Nacional do PT, que acontece no próximo sábado, 10, em Salvador (BA). Entre os principais pontos da mensagem, Pont destaca a idéia de que “o Partido não é um apêndice do Estado e o Estado não pode subordinar-se ao Partido. De um lado, o Partido dá sustentação e defende o Governo do qual participa; de outro, ele deve expressar os anseios, desejos e críticas das forças sociais que busca representar”. Neste sentido, “a refundação e a renovação do Partido devem se dar de forma conjunta com um novo tipo de relacionamento entre Partido-Estado e entre Partido-Sociedade.”
O documento propõe, ainda, a aprovação de uma nova carta de princípios e de ética política para repactuar as relações democráticas do PT com a sociedade brasileira, e que a reconstrução Partidária deve ser conjugada com um programa democrático de desenvolvimento econômico e social a ser promovido pelo Governo Lula.
Segundo Raul Pont, essas questões estão em sintonia com os anseios da militância partidária, conforme a votação no Processo de Eleição Direta do PT, em 2005. “Não se trata aqui nem de briga nem de divisionismo, e sim, de respeito a história de todos homens e mulheres que, nesses 27 anos, construíram e constróem o PT”, defende.