aberto a participar protagonicamente na fundação e construção do Partido dos Trabalhadores e suas conquistas.
Em 2016, essa construção histórica iniciada há quase quarenta anos sofreu uma derrota estratégica com o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma, encerrando o período de governos petistas, iniciado em 2003. Quais foram os erros e impasses que abriram caminho para esse resultado? Quais as lições aprendidas nessa longa jornada? Como será possível vencer os impasses e crises para relançar uma nova fornada de lutas e conquistas políticas e sociais? São questões desse vulto histórico que desafiam à militância da DS agora.
Publicamos o Anteprojeto de resolução elaborado pela Coordenação Nacional da DS, que é a base para os debates estaduais que antecedem a Conferência Nacional, e que será ainda emendado com contribuições, para termos uma ferramenta consensual para agir no próximo período. Como se verá, estamos confiantes na capacidade que a militância da DS tem para renovar o debate estratégico, ideológico e organizativo de forma a que um renovado PT seja a ferramenta para a revolução democrática com uma perspectiva socialista no Brasil.
Em 7 de novembro deste ano, comemoram-se 100 anos da tomada revolucionária do poder pelos sovietes na Rússia. Essa revolução só foi possível porque duas trajetórias teórico-políticas se uniram para realizá-la, a do Lenin e a do Trotsky. Com uma apresentação de Carlos Henrique Árabe, publicamos o texto Lênin em 1905: uma revolução que abalou uma doutrina, de Marcel Liebman, que trabalha justamente a trajetória da elaboração do principal dirigente dessa revolução. A primeira edição de O Capital, de Karl Marx, foi publicada na Alemanha em setembro de 1867. Livro fundamental e atual para a crítica revolucionária do capitalismo, devemos lê-lo como uma obra aberta, em diálogo com os avanços das críticas teóricas a todas as formas de opressão e exploração.
Para estimular essas novas leituras, publicamos Notas sobre gênero em O capital de Marx, da feminista italiana Silvia Federici, com apresentação da Nalu Faria. Há cinquenta anos, em 9 de outubro de 1967, era assassinado na Bolívia Ernesto Che Guevara. No artigo Che Guevara: um revolucionário atual, Gustavo Codas e Lúcio da Costa explicam por que o Che continua a ser uma fonte de inspiração política e teórica para os marxistas revolucionários no século XXI.
O artigo A iniciativa “Um cinturão, uma rota” e os enigmas da expansão econômico-militar da China, de Claudio Puty, faz um levantamento das principais iniciativas em curso em matéria econômica e geopolítica naquele país. A China cada vez mais se consolida como um segundo polo na disputa pela hegemonia econômica com o imperialismo dos EUA, com reflexos inclusive na nossa região. O artigo é uma primeira aproximação para a compreensão da formação social econômica singular da China no cenário atual. Outros esforços analíticos lhe seguirão.
Fechamos este número da revista com um poema da Alessandra Terribili chamado Mulher e escrito no 8 de março de 2013 para as mulheres trabalhadoras rurais.