Número de endividados atinge quase 80% das famílias, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Quantidade de inadimplentes também e aumenta bate marca histórica.
O efeito dominó da gestão econômica desastrosa de Bolsonaro continua castigando as famílias brasileiras, que estão endividadas e não conseguem pagar as contas diante da infinita carestia no país.
O endividamento dos brasileiros e brasileiros é tamanho que atinge quase 80% das famílias do país e, principalmente, as famílias de baixa renda, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Nos lares com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento superou os 80% pela primeira vez.
Outra informação da pesquisa é de que as mulheres estão mais endividadas que os homens, com percentual de 80,9% para elas e, para eles, de 78,2%.
Novo recorde de inadimplentes
A inadimplência também cresceu no Brasil, com novo recorde de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas. Pelo menos 30% do total de famílias no país não conseguem pagar em dia as contas.
A terceira alta consecutiva levou o indicador ao maior percentual da série histórica, iniciada em 2010. Ao contrário do endividamento, o ritmo de aumento da inadimplência foi alto. Em 12 meses, o indicador de dívidas atrasadas cresceu 4,5%, a maior taxa anual desde março de 2016.
Em entrevista ao G1, a economista da CNC responsável pela apuração, Izis Ferreira, atribui o aumento às altas taxas de juros, que encarecem as dívidas já contraídas.
Segundo a entidade, as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos percentuais em um ano, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018.
Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC, são referentes a dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.
Via pt.org.br