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Tarefas da juventude de esquerda no Rio

Leia a entrevista de Daniel Gaspar, secretário municipal da Juventude do PT do Rio de Janeiro e diretor de Relações Internacionais da UNE, ao blog “Fatos Sociais”, organizado por um jovem militante do PCdoB do Rio. Nela, Daniel fala da participação da juventude na campanha de 2010 e na relação do partido com os movimentos sociais a partir de sua juventude.

Fatos Sociais: Daniel, quando você assumiu a Secretaria Municipal da Juventude do PT, em outubro do ano passado, falava-se na necessidade de ampliar a participação do partido junto aos movimentos sociais de juventude do Rio. Hoje, quase 1 ano após sua posse, pode-se dizer que a JPT avançou nesse objetivo ?

Daniel Gaspar: Sim. A JPT, até a realização de seu 1º Congresso, em 2008, organizava-se de maneira superestrutural. Havia um Coletivo Nacional e, em cada estado da federação, um Coletivo Estadual. Não havia organização no município, que é onde ocorrem as campanhas políticas, que é onde se dialoga com os movimento sociais. O simples fato de criar a Secretaria Municipal da JPT nos coloca em outro patamar de organização e mobilização.

Essa mudança nos permitiu priorizar o diálogo com os movimentos sociais. Participamos do ato da Marcha Mundial das Mulheres no 8 de março, do ato contra o AI-5 Digital, lei proposta pelo tucano Eduardo Azeredo no Senado, com outros partidos e movimentos da área de comunicação. Além disso, tivemos uma boa participação no último Congresso da UEE-RJ e da UNE. Em ambos, compusemos chapas vitoriosas, com as forças políticas do campo democrático-popular.

Fatos Sociais: Qual a sua avaliação da participação da JPT no último Congresso da UEE-RJ e na nova gestão? Quais são as perspectivas?

Daniel Gaspar: Como falado, a JPT do município do Rio de Janeiro buscou, em sua ampla maioria, a construção de uma chapa que fosse composta pelos setores do campo democrático-popular, face às tarefas que teremos nos próximos 2 anos: construir uma hegemonia de esquerda nas Conferências de Educação, no debate sobre o Pré-Sal e nas eleições de 2010.

Essa chapa teve uma vitória arrasadora, o que demonstrou o nosso acerto político e o total isolamento dos setores sectários do movimento estudantil. Tenho certeza que a intervenção da JPT na próxima gestão da UEE-RJ estará em outro patamar em relação à última gestão. Juntos com a UJS, a JSB, a JSPDT e a JPPL, conquistaremos a meia passagem para os estudantes universitários cariocas. O importante é que essa luta seja conjunta, pois não nos sentimos donos da verdade, nem iluminados.

Achamos que a UEE-RJ deve avançar em algumas pautas, como o ingresso na campanha “Contra o Caveirão” e na mobilização pela liberação dos Pré-Vestibulares Comunitários, para que possam funcionar nos horários vagos dos colégios municipais.

Fatos Sociais: Ano que vem é ano de eleições em todo o Brasil. Quais são as perspectivas da JPT para 2010, no Brasil e aqui no Rio de Janeiro?

Daniel Gaspar: 2010 é Dilma! Agora, para dar certo é preciso que a JPT e as outras juventudes partidárias elaborem, em conjunto com os movimentos sociais, um programa de governo que possibilite a radicalização da democracia no Brasil e que consolide a hegemonia do poder político da esquerda. Não só de esquerda, temos que aprofundar as mudanças que vêm ocorrendo e que vêm alterando a correlação de forças na sociedade em favor dos trabalhadores para a construção do socialismo, objetivo estratégico para o PT e histórico para a classe trabalhadora.

No Estado, a discussão no PT ainda é muito incipiente. Realizaremos o 5º Congresso do PT em 2010 a fim de discutirmos nossa tática eleitoral.

fatossociais.blogspot.com

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