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Estudo revela que transgênicos causam até três vezes mais câncer em ratos

379787Com informações do Portal IG

Há anos os movimentos sociais do campo vêm denunciando os males que o uso de agrotóxicos e a ingestão de alimentos geneticamente modificados trazem para a saúde da população. A necessidade de uma produção de alimentos mais saudável – baseada principalmente na Agricultura Familiar – acaba de ganhar comprovação científica.

Um estudo publicado nesta quarta-feira (19), pela revista “Food and Chemical Toxicology”, mostra que camundongos alimentados com alimentos transgênicos e com herbicidas sofrem de câncer com mais frequência e morrem antes que os demais.

“Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com Organismos Geneticamente Modificados (OGM). Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos”, explicou Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo e considerou seus resultados “alarmantes”.

Para realizar a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup.

Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade do grupo americano Monsanto, velho conhecido dos movimentos sociais brasileiros.

Durante o estudo, o milho fazia parte de uma dieta equilibrada, em proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos.

“Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e maior durante o consumo dos dois produtos”, afirmou Seralini, cientista que integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em 30 países.

Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes de surgirem nos ratos indicadores (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias), aparecem, em média, 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.

“Com uma pequena dose de Roundup, que corresponde à quantidade que se pode encontrar na Bretanha (norte da França) durante a época em que se espalha este produto, são observados 2,5 vezes mais tumores mamários do que é normal”, explica Seralini. “Pela primeira vez no mundo, um OGM e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias”, acrescentou o coordenador do estudo.

O estudo foi financiado pela Fundação CERES, bancada em parte por cerca de 50 empresas, algumas delas do setor da alimentação que não produzem OMG, assim como pela Fundação Charles Leopold Meyer pelo Progresso da Humanidade.

Estudos no Brasil 

Em junho deste ano, durante a Rio + 20, o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou dois livros que alertam sobre o risco dos agrotóxicos e transgênicos. Clique aqui para obter mais informações sobre as obras.

Clique aqui para ter acesso à íntegra do artigo publicado pela revista “Food and Chemical Toxicology”, em inglês.

 

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