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8 de março mobiliza mulheres em todos os Estados | Tatau Godinho e Sônia Coelho

Neste ano de 2019, as comemorações do Dia Internacional de Luta das Mulheres terão um sentido especial de resistência e protesto. Com manifestações de rua marcadas para várias cidades brasileiras, reunirão milhares de mulheres expressando seu protesto contra os desmontes dos direitos em todas as áreas, do direito à aposentadoria, o ataque brutal à previdência social proposto pelo governo Bolsonaro. É um momento de trazer às ruas a denúncia da violência contra as mulheres, que tem aumentado no último período. Também será lembrado o crime de Brumadinho onde o lucro se colocou mais uma vez acima da vida, para destruir trabalhadoras e trabalhadores e devastar o meio ambiente.

E mais ainda. Ir às ruas para repudiar o retrocesso político e civilizatório representado pela direita que ocupa o governo, obcecada por fazer as mulheres retornarem a posições de submissão e opressão, atacar a igualdade pela qual lutamos, nas relações sociais de sexo, no enfrentamento ao racismo e à LGBTTfobia.

Na maioria das capitais do Brasil e em várias cidades fora das capitais, o movimento de mulheres está organizando atos de rua, de forma unitária, congregando os movimentos feministas, coletivos de periferia, mulheres dos movimentos mistos, movimentos populares, de jovens, estudantil, sindicais, além de forças e partidos políticos, que reagem contra o atraso e aos ataques propostos pelo governo. Com distintas chamadas e convocatórias, uma vez que a definição é feita pela organização local de cada cidade ou estado, os atos estão sendo preparados com a rebeldia e a combatividade que marcou a presença das mulheres nas ruas, contra o golpe, na denúncia do impeachment, do desmonte dos direitos trabalhistas e das políticas sociais, no protesto contra o massacre do povo negro e o brutal assassinato de Marielle Franco; nas grandes mobilizações do Ele Não, durante o processo eleitoral. Foi neste contexto de acirramento da luta de classes no Brasil que ocorreram as eleições de 2018, onde a direita usou de todos os golpes para sair vitoriosa, impedindo que Lula concorresse à presidência, mantendo sua prisão ilegítima, para disputar apoiada na mentira e na coalizão anti-esquerda que se formou em torno de Bolsonaro.

Neste Dia Internacional de Luta, as mulheres no Brasil também denunciam as violações imperialistas à democracia na América Latina e se solidarizam, neste momento especial, com a resistência das mulheres e do povo venezuelano.

Durante o processo eleitoral no Brasil, o feminismo se reafirmou como um instrumento fundamental na luta de classes. O 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, é mais um momento de retomar as energias  para a construção de resistência e luta contra este governo ultraneoliberal e de cunho fascista.

Calendário de atos em todo o país:

SP
São Paulo
16h no MASP (Av. Paulista)

RJ
Rio de Janeiro
17h na Candelária

RN
Mossoró
08h no INSS (Bairro Aeroporto), com percurso até o centro da cidade

Natal
15h no INSS (Rua Apodi), com caminhada até a Praça dos 3 Poderes

Parelhas
07h na Cooperativa

AL
Maceió
09h na Praça Deodoro

PE
Recife
14h na Praça do Derby

Garanhuns
9/3, às 09h no Largo do Colunata

RS
Porto Alegre
18h na Esquina democrática
+ Feira de Economia Solidária o dia inteiro no Largo Glicênio Peres

Livramento
Marcha Binacional às 8h30 na Praça General Osório
+ mateada, oficinas e atividades culturais das 10h às 17h30 no Parque Internacional

Rio Grande
16h no Coreto da Praça Tamandaré

Santa Maria
16h intervenções culturais, 18h ato na Praça Saldanha Marinho

São Leopoldo
16h na Câmara de Vereadores (Rua Independência, 66)

Caxias do Sul
9h30 abraço ao INSS, 10h30 caminhada até a Praça Dante + atvs na Praça pela tarde

MG
Belo Horizonte
17h na Praça Raul Soares

CE
Fortaleza
16h na Praça da Justiça (Murilo Borges)

PB
Patos
7h30 na Concha Acústica

PA
Belém
8h30 no Mercado de São Brás

 

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