A Democracia Socialista realizou, nos dias 04 e 05 de abril, sua 5ª Plenária Nacional. O encontro, ocorrido em formato virtual, teve como objetivo debater os rumos do partido e a conjuntura política atual e contou com a participação de 200 delegadas e delegados de diversos estados.

O evento teve a presença do deputado federal Rui Falcão, pré-candidato à Presidência Nacional do PT, que fez uma saudação na abertura, enfatizando a importância da retomada dos ideais socialistas e anticapitalistas do partido. Também estiveram presentes o ex-presidente nacional do PT, José Genoíno, que ressaltou a relevância da união para eleger Rui Falcão, e o Secretário Nacional de Participação Social do governo Lula, Renato Simões, do Diretório Nacional e da Tendência Militância Socialista, que propôs uma aliança das forças de esquerda do PT em torno da candidatura de Rui.
O plenário aprovou por aclamação a indicação de Rui Falcão como candidato à presidência nacional do PT. O encontro ainda reafirmou o compromisso da DS com um projeto socialista e democrático para o Brasil, com foco na renovação da direção partidária e na reeleição do Presidente Lula, destacando a necessidade de fortalecimento dos movimentos sociais e da mobilização popular para enfrentar os desafios políticos e econômicos atuais.
Por um PED com a política no comando
A carta à militância petista que o companheiro Rui Falcão divulgou no dia 12 de março inaugurou, de forma qualificada, o debate sobre os rumos de nosso partido, do governo Lula, do nosso projeto de sociedade e do futuro do Brasil.
Publicada inicialmente pelo site do Diretório Nacional – como deve ser –, a carta foi difundida posteriormente por várias publicações, da mídia progressista à imprensa conservadora, e ganhou mais amplitude graças às redes petistas e às discussões que suscitou. Inclusive companheiros que já se apresentaram como candidatos saudaram a iniciativa e teceram comentários críticos, pertinentes e bem-vindos.
Nem tudo que poderia ser aprofundado está no texto. Até porque a ideia era chamar mais gente, gerar alento.
A carta nos trouxe temas fundamentais, que destacamos:
“O mundo vive hoje uma crise global, econômica, social, política, cultural e ambiental, todas elas entrelaçadas de forma indissociável com o capitalismo, a opressão racial e com os antagonismos e conflitos bélicos associados a eles.”
“Precisamos avançar em temas fundamentais, como a segurança pública, a democratização do Estado e o fim da tutela militar com a alteração do Art. 142 da Constituição Federal.”
“Praticamente abandonamos a discussão da reforma política, essencial para criar um ambiente de apoio a propostas fundamentais como a adoção do voto em lista partidária e a implementação de plebiscitos convocados pelo Poder Executivo e por iniciativa popular.”
“Nosso papel é apoiar o governo na resistência às pressões do capital financeiro, que se movimenta para abocanhar o orçamento público, em nome da austeridade, tentando impedir a aplicação das políticas de justiça social e desenvolvimento.”
“Nosso partido deve rechaçar os apelos à despolarização, palavra da moda que significa levar-nos a uma transição efetiva para o centro, com um forte rebaixamento ideológico, programático e organizacional.”
Mesmo quem não concordasse com a carta, interessou-se, leu, comentou. Talvez porque o conteúdo trazia a política no comando. Com análises, sínteses, propostas e uma agenda para a ação partidária no Congresso e nas ruas.
Demarcou campo e reafirmou que no PT as disputas, mesmo as mais renhidas, se processam no terreno da política e não pelo controle dos fundos partidários. Erra, pois, o jornal O Estado de S.Paulo quando, em seu infame editorial do último dia 12 (“A crise do PT interessa ao Brasil”), ataca covardemente o presidente Lula, o PT, a ex-presidenta hoje ministra, companheira Gleisi Hoffmann. E, nas suas maquinações usuais, o jornalão busca reduzir naturais divergências internas a uma suposta briga pelo controle da Tesouraria.
Por fim, a repercussão da carta pode ser atribuída também à chancela do autor, o companheiro Rui Falcão.
De sua longa trajetória política, corajosa e solidária, ele nos autoriza a citar dois momentos que o animam a prosseguir na luta: o enfrentamento da ditadura militar, que lhe custou tortura e prisão, e a felicidade de presidir nacionalmente o Partido dos Trabalhadores, em 1994, e de 2011 a 2017.
Por estarmos de acordo que “o processo eleitoral interno que está sendo inaugurado nestes dias é uma chance para elevarmos o PT a um novo patamar…”, nós abaixo- assinados conclamamos o companheiro Rui Falcão a inscrever-se como candidato a presidente de nosso partido.
Confira AQUI quem já assinou.