1. A unidade da esquerda política e social – e o papel estratégico do PT – é decisiva para a definição do novo período que está em disputa: ou o golpe é derrotado e abrimos um período de revolução democrática ou o golpe consolida um novo Estado de exclusão e repressão.
2. A disputa eleitoral – que neste mês de maio ganha contornos mais definidos, com cerca de 20 pré-candidaturas à presidência – já indica a grande dificuldade do lado de lá encontrar um nome preferencial. Vale lembrar que desde 1994 até 2014 a polarização foi capitaneada pelo PSDB. No entanto, permanece a grande unidade da direita em torno do programa da austeridade. Entre as suas diferentes apostas para quem vai ao segundo turno, uma certeza: continuar o desmonte do que foi erguido nos governos de Lula e Dilma e dar curso ao retrocesso para colocar o Brasil como colônia das potências imperialistas.
3. Do lado de cá continua – e todas as pesquisas de opinião demonstram – o campo democrático e popular liderado por Lula e pelo PT. A disputa eleitoral é um momento crucial para unificar a esquerda e derrotar o golpe. Golpe, autoritarismo e austeridade não combinam com eleições. Se o golpe não tem força para suprimir as eleições, pode ter força para retirar-lhe o conteúdo democrático.
4. É, portanto, tarefa do PT e de Lula continuar a liderar o processo de constituição desta unidade do campo democrático e popular. É em torno da palavra de ordem LULA LIVRE, LULA PRESIDENTE que se organiza um amplo movimento democrático para disputar as eleições e derrotar o golpe. Este movimento só tem a sua máxima potência em torno da candidatura de Lula.
5. Deste ponto de vista não tem nenhum sentido declarações ou comentários que anunciem a possibilidade do PT abrir mão da liderança de Lula neste processo. O PT é o partido com maior inserção social, representatividade institucional e preferência eleitoral no campo da esquerda. Esta constatação é fruto de uma já longa construção coletiva de milhares de militantes e do reconhecimento popular da liderança histórica de Lula.
6. As tarefas centrais para este momento de organização da disputa eleitoral são:
a) Luta democrática para ter Lula Livre e candidato a presidente.
b) Definição de um programa para a candidatura Lula de conteúdo democrático radical que inclua o Plebiscito Revogatório para todas as medidas tomadas pelo golpe; convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com base na participação popular e que atualize o programa antineoliberal.
c) Lançamento público, em todo o Brasil, da pré-candidatura de Lula, com a discussão do programa estruturado a partir das deliberações do 6º Congresso.
d) Constituir a frente de esquerda como alternativa política no 1º e no 2º turno e no pós-eleitoral.
São Paulo, 4 de maio de 2018
GTn – Democracia Socialista
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