Por Arnaldo Dutra
Conheci o Jorge Guedes na campanha eleitoral de 2002, militante petista, inquieto e aguerrido, daqueles que transformam seu carro e sua casa em verdadeiros comitês. Em 2009, fomos trabalhar juntos em Novo Hamburgo, na autarquia de saneamento local, a COMUSA. Pela frente, tivemos um desafio gigantesco, afinal, era a primeira administração do PT na cidade e precisávamos fazer mais e melhor. Morando em Porto Alegre, ainda enfrentávamos o fantasma da BR 116 sempre lotada, o que nos impunha uma malabarismo diário para cumprir horários. O JG (esse apelido foi dado a ele para diferenciar de outros “dois Jorges” que trabalhavam conosco) era rigoroso: “Tenho que chegar antes do horário, CC tem que dar o exemplo”, dizia. E, quando elogiávamos o seu trabalho, sempre respondia: “Ainda não está bom, dá para melhorar”.
JG, proveniente da luta comunitária e popular, foi um desses companheiros que orgulha a todos nós, dedicado, combativo, militante 24 horas por dia, nunca perdia a chance de falar da política, do PT e do seu orgulho em pertencer à Democracia Socialista. Aliou a sua consciência de classe, características muito marcantes como figura humana – coerência, simplicidade, integridade e desprendimento. Sua simpatia e seu espírito de solidariedade contagiavam a todos.
Jorge Guedes fará muita falta, a sua família, aos seus amigos, ao PT e a todos os que sonham com um mundo mais justo. Será permanentemente lembrado por deixar esse exemplo. Nossa missão é seguir adiante na luta que foi dele e que também é de todos nós.
Saint-Exupéry escreveu “aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”
Descanse em paz, Camarada, obrigado por tudo!
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