A vida de Bolsonaro é marcada pela mediocridade. Passou quase 30 anos no parlamento fazendo rachadinha com assessores, roubando dinheiro de gasolina e do auxílio-moradia, enfiando, um por um, os filhos na política e homenageando assassinos e criminosos das mais variadas estirpes. Nas horas vagas, comprava imóveis em dinheiro vivo.
Eleito presidente, fez o pior governo da História. É avesso ao trabalho e tem apetite voraz para devorar somas indecentes de verbas públicas (vide o gasto recorde no cartão corporativo, as motociatas e os passeios de jet ski nas frequentes “mini-férias”).
Transformou o Estado brasileiro na maior farra do boi de empresários, ruralistas, grileiros, garimpeiros, milicos, traficantes, rentistas, lobistas e deputados corruptos – qualquer interesse capitalista, legal ou ilegal, encontrou morada no Palácio do Planalto e na Esplanada.
Seria cômico, se não fosse trágico, que alguém com este histórico ousasse incentivar um culto a própria persona. Bolsonaro é o espelho de tudo que um ser humano pode carregar de pior: misoginia, racismo, desonestidade, incompetência, ignorância, estupidez, violência, mentira.
É patético o esforço que uma figura tão frágil faz para fingir força. Esconde-se atrás de armas, de verborragia autoritária, autoproclama sua masculinidade. Alimenta os dois lados da moeda – da admiração e do ódio – de maneira a refletir a estatura que não possui.
Mito e genocida, líder e ditador. Adjetivos que lhe conferem a força que nunca teve. Bolsonaro é um bobo da corte sem a menor graça, um miliciano de quinta categoria, frustrado, ressentido, alçado ao cargo de chefe de Estado por uma aberração histórica.
Bolsonaro exala ódio às mulheres por todos os poros. Em pleno 7 de setembro, depois de fazer uma comparação misógina e grotesca entre Michele e Janja, puxou um coro de “imbrochável” para si. Noves fora a violência machista de seus gestos – sobrou até pra fascista Bia Kicis, proibida de discursar – nada pode ser mais caricato do que o coro partir do presidente que autorizou gastos milionários em Viagra e próteses penianas para as Forças Armadas.
Eleger Lula, nesta quadra da História, é mais do que apenas uma mudança de governo: é a reconciliação com a esperança. Derrotar a extrema direita e seu líder minúsculo e caricato é a maior tarefa política colocada para a minha geração, que cresceu mirando o sonho – fazer faculdade, ter emprego digno, acesso ao lazer e cultura – e mergulhou abruptamente no caos da falta de oportunidades, do retrocesso, do desemprego e da escassez de direitos.
Nestas 3 semanas que faltam, todo o esforço é necessário para consolidar uma vitória muito expressiva, de preferência logo no 1° turno, impedindo delinquências conspiracionistas sobre fraude em urnas eletrônicas e outras insanidades que um 2° turno poderia vitaminar.
Vamos ocupar ruas e praças e construir uma mobilização imensa em defesa dos nossos sonhos, expulsando a mediocridade e a estupidez bolsonarista do lugar que jamais deveria ter ocupado. É Lula presidente no 1° turno!
Dara Sant’Anna é militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento Negro Unificado
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