A unidade sindical, traduzida em uma pauta unitária, como forma de ampliar e fortalecer a luta em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras neste ano de eleições que definirão o futuro do país, define a CONCLAT (Conferência da Classe Trabalhadora) realizada nesta quinta-feira (7), em São Paulo, pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Pública, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Intersindical – Instrumento da Classe Trabalhadora.
Com o tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, os representantes das nove centrais apresentaram a pauta da classe trabalhadora que será entregue aos candidatos e candidatas à Presidência da República, ao Congresso Nacional, aos governos dos estados e às Assembleias Legislativas.
A CONCLAT reuniu, no bairro da Liberdade, 500 dirigentes sindicais das nove centrais que elaboraram e assinam, em conjunto, a Pauta da Classe Trabalhadora. O documento orienta o plano de lutas do movimento sindical em defesa das mudanças urgentes e necessárias para classe trabalhadora brasileira e para que o país retome o rumo do crescimento com igualdade e justiça social.
Ao todo, são 63 reivindicações e propostas divididas em quatro eixos: Prioridades; Desenvolvimento Sustentável com Geração de Emprego e Renda; Trabalho Emprego e Renda e Estado; e Políticas Públicas. Defende, entre esses 63 itens, a instituição de uma política de valorização do salário mínimo, um programa de renda básica, políticas de geração de trabalho e renda, proteção dos desempregados, revisão da política de preços para produtos essenciais.
Acesse a pauta da classe trabalhadora na íntegra.
Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, encerrou o evento com a aprovação simbólica da pauta. Em seu discurso ele afirmou que “vamos precisar recuperar os direitos que foram perdidos pelo golpe de 2016 e a reforma trabalhista de Michel Temer, perdas que só pioraram sob o governo Bolsonaro. Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, e a Conclat 2022 sinaliza isso: que o caminho para a classe trabalhadora é a solidariedade, a luta e a união!”
O presidente nacional da CUT, no entanto, alertou que não basta eleger Lula, é preciso eleger candidatos ao Congresso Nacional alinhados com a pauta da classe trabalhadora que mobiliza milhões de pessoas.
“Na Câmara não temos nem 15 deputados oriundos do movimento sindical. Isso tem de mudar e, se quisermos reduzir a jornada de trabalho e recuperar direitos, será preciso ter uma bancada de dirigentes sindicais comprometidos com a classe trabalhadora. Temos de conscientizar o povo que trabalhador tem que votar em trabalhador”, enfatizou Sergio Nobre.
Instrumento de mobilização
Para Milton Rezende,Secretário Adjunto de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT e dirigente da CSD – CUT Socialista e Democrática, a pauta da classe trabalhadora deve ser um subsídio para o trabalho dos Comitês de Luta, estratégia de mobilização de base impulsionada por PT, CUT, MST e movimentos populares.
“Vamos juntar trabalhar esse documento nos Comitês de Luta, nos bairros, nas fábricas e nos locais de trabalho transformando-o num instrumento de mobilização, organização e defesa dos nossos direitos”, afirmou o dirigente.
Já Rosana Fernandes, Secretária Adjunta de Combate ao Racismo da CUT e também integrante da Coordenação da CSD, destaca a abrangência dos temas abordados na pauta e destaca as reivindicações que buscam a proteção trabalhista para os segmentos sociais mais precarizados, como as mulheres e os jovens, especialmente negros e negras.
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Defesa do SUS, Fora Bolsonaro e Lula Presidente,
O dia 7 de abril, também marcou o Dia Mundial da Saúde. O tema esteve presente na fala dos participantes da CONCLAT e foi exibido um vídeo em defesa do SUS e de reconhecimento ao trabalho dos profissionais da saúde. No mesmo dia foi lançada em Brasília a , iniciativa impulsionada pela Frente pela Vida e movimentos sindicais e populares.
Outra tônica nas manifestações foram os gritos por Fora Bolsonaro. O conteúdo da pauta da classe trabalhadora é um claro manifesto de oposição ao governo de destruição nacional conduzido por Jair Bolsonaro. A fome, a carestia, o desemprego e a desigualdade crescente são os resultados colhidos pelo Brasil sob Bolsonaro.
Em encontro marcado para a próxima quinta-feira, 14, em São Paulo, sindicalistas e representantes das centrais se encontraram com o ex-presidente Lula para apresentar e entregar a pauta da classe trabalhadora. A eleição do ex-presidente é defendida pela maior parte das centrais como a melhor alternativa para colocar em curso um projeto de desenvolvimento que beneficie o país e os trabalhadores.
Por Redação, com informações do Portal da CUT
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