Nesta quinta-feira (4), a CUT, demais centrais sindicais – CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas – e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vão realizar uma atividade na Praça Ramos, no centro de São Paulo, às 10h, para dar início à campanha nacional de coleta de assinaturas contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL).
A ação tem o objetivo de dialogar com a população sobre as consequências nefastas da Proposta de Emenda à Constituição (PEC006/2019), que dificulta o acesso à aposentadoria e reduz o valor do benefício, e, ao mesmo tempo, coletar as assinaturas que serão enviadas ao Congresso Nacional.
“Nós vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso para mostrar aos parlamentares que o povo brasileiro não quer essa reforma. A previsão é que a entrega seja feita em maio”, explica o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
Na atividade, os representantes dos trabalhadores levarão para a praça a calculadora elaborada pelo Dieese, o chamado “Aposentômetro”, para que o trabalhador possa fazer na hora o cálculo e comparar como ficaria sua aposentadoria com as regras atuais e como será se as alterações propostas por Bolsonaro forem aprovadas por deputados e senadores.
“Montaremos barracas com computadores para simular como poderá ficar a aposentadoria dos trabalhadores se a reforma não for barrada nas ruas”, diz Sérgio.
O trabalhador, após fazer o cálculo, ganhará uma cartilha (que pode ser acessada aqui) com todas as explicações sobre as principais mudanças que o governo quer fazer nas regras da aposentadoria e como elas afetarão a vida de cada um.
“Vamos dialogar com a sociedade sobre a reforma, mostrar para os trabalhadores os prejuízos dessa proposta de Bolsonaro que retira direitos, diminui o valor da aposentadoria, aumenta o tempo de contribuição e ainda impõe a obrigatoriedade de idade mínima para se aposentar [65 anos homens e 62 mulheres]”, diz Sérgio.
O Secretário-Geral da CUT explica que a ideia é que todos os estados façam atividades permanentes como a que será realizada no ato de lançamento.
“É importante que a coleta de assinaturas e o diálogo com a população sejam feitos diariamente nas praças, bairros, local de trabalho, pontos de ônibus e todos os lugares em que forem possíveis”, orienta Sérgio.
Já Milton Rezende, da Executiva Nacional da CUT e da Coordenação Nacional da CSD – CUT Socialista e Democrática acredita que a iniciativa é fundamental para que não se disperse o sucesso das mobilizações do dia 22 de março. “Precisamos seguir dialogando e mostrando para os trabalhadores e para toda a sociedade como a proposta do governo é nefasta para quem vive do seu trabalho e para os mais pobres”, destaca. Ele diz ainda que “só com muito apoio popular podemos fazer uma greve geral para dizer ao governo e aos parlamentares que não aceitaremos mais esse ataque aos nosso direitos”.
Orientações
Os formulários do abaixo-assinado podem ser acessados aqui. Após a coleta de assinaturas, os sindicatos e entidades devem enviar os formulários assinados para a CUT estadual, que encaminhará o documento final para a sede da CUT em Brasília, no endereço SDS – Setor de Diversões Sul – Ed. Venâncio V, bloco R, subsolo, lojas 4, 14 e 20 – Asa Sul – Brasília/DF – CEP 70.393-904.
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