A Democracia Socialista apresenta à militância petista uma cartilha com uma síntese das suas posições mais atuais sobre os temas da conjuntura.
A questão internacional, o PT, as eleições de 2008 e a política de alianças, reflexões sobre a experiência de governo no Pará, o tema da reforma agrária, do feminismo, da economia solidária e o debate ambientalista além de contribuições dos setores sindicais e de juventude são a pauta da publicação.
Veja a apresentação
Essa publicação organiza contribuições recentes da Democracia Socialista, tendência do PT.
A primeira delas trata de uma atualização das teses internacionais aprovadas na VIII Conferência da DS. A recente vitória popular no Paraguai é um dos motivos para esse esforço de integrar o plano internacional às nossas reflexões brasileiras. Gustavo Codas analisa o movimento latino-americano em busca de superação do neoliberalismo e de unificação desse amplo território em um projeto fora das garras do imperialismo.
Mais do que isso, aponta que os conflitos entre nossos países, em grande medida herdados do período ditatorial ou neoliberal, devem ser resolvidos nesse marco. E que, a construção de um movimento social e político na região, mais amplo que os governos, é fundamental para um novo internacionalismo.
As duas contribuições seguintes discutem o PT hoje. Ambas são de autoria de Raul Pont, incansável animador de alternativas críticas e construtivas a partir da nossa experiência de construção do PT. O balanço do partido depois do PED de 2007 destaca as tarefas do movimento MENSAGEM AO PARTIDO para, além de disputar o programa e as orientações políticas partidárias, conseguir forjar uma renovada organização militante e democrática mais resistente à introdução de mecanismos tradicionais no interior do PT. O texto sobre política de alianças retoma elaborações clássicas dentro de um balanço das experiências mais recentes. Ele visa contribuir para restabelecer uma visão de esquerda sobre esse tema e está na linha de recuperação dessa visão que vem ocorrendo no partido, especialmente no 3o Congresso e nas coerentes resoluções do Diretório e da Executiva Nacionais que se seguiram, incluindo a de Belo Horizonte.
A conquista do governo do Pará pelo PT, com a eleição da companheira Ana Julia, trouxe para as nossas reflexões uma dimensão decisiva para compreender e mudar o Brasil. A contribuição de Maurílio Monteiro, Claudio Puty e Ana Cláudia Cardoso trata das novas bases de desenvolvimento e da sua relação com a democracia participativa que fundamentam a construção da experiência de governo do Pará.
A contribuição da nossa corrente CUT SOCIALISTA E DEMOCRÁTICA (CSD) trata de compreender os problemas sindicais dentro de uma visão socialista, para além das lutas de resistência e incidindo na questão democrática interna ao movimento.
Nossa elaboração sobre a juventude petista, expressa no movimento AVANTE! mostra que na juventude estamos mais próximos de alcançar conquistas organizativas que no conjunto do partido. Esse papel de vanguarda nos orgulha e aponta perspectivas renovadoras para o partido.
O tema feminista é constitutivo da identidade da DS. Nalu Faria atualiza a conjuntura do movimento de mulheres a partir da conexão feminismo-socialismo. A retomada de um processo de mobilização a partir de um campo político articulado pela Marcha Mundial das Mulheres recolocou a agenda crítica e radical no debate sobre igualdade entre mulheres e homens como parte de um processo de mudança global. Essa construção se dá em um processo de aliança mais ampla com outros movimentos sociais. Enfim: feminismo socialista como possibilidade de transformar a vida das mulheres.
A questão agrária passou a ocupar nossas reflexões principais com a presença no Ministério do Desenvolvimento Agrário do governo Lula. Guilherme Cassel propõe em seu artigo uma abordagem para renovar a questão agrária como questão nacional, portanto, para integrá-la no tema mais amplo do desenvolvimento e da transformação do Brasil.
A perspectiva ecológica desde um ponto de vista socialista de há muito integra nossa concepção programática. Escolhemos um texto recente de Hamilton Pereira, nosso grande amigo, para expressar uma visão sobre a questão no Brasil. Esse texto apareceu na Teoria e Debate n° 76, março/abril 2008.
O tema da economia solidária constitui-se em reflexão sobre a experiência que organiza segmentos de trabalhadores e comunidades pobres, parte integrante da revolução democrática no Brasil. Dione Manetti apresenta-nos a visão resumida, mas essencial, que anima esse trabalho.
Boa leitura!
Grupo de Trabalho Nacional da Democracia Socialista, tendência do Partido dos Trabalhadores.
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