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Correntes do Muda PT rejeitam apoio a golpistas na eleição da Câmara e do Senado

Raul Pont: “O PT deve assumir a defesa da proporcionalidade, mas sem condicionar isso a acordos com candidaturas de golpistas. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Marco Weissheimer – Sul21 

As correntes políticas que compõem o movimento Muda PT (Articulação de Esquerda, Avante S21, Mensagem ao Partido e Militância Socialista) pretendem trabalhar pela construção de candidaturas com os partidos oposicionistas para a disputa das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. Na reunião do Diretório Nacional do PT, realizada na última sexta-feira (20), essa posição foi derrotada por 45 votos a 30. A proposta aprovada pela maioria estabelece que caberá às bancadas do PT na Câmara e no Senado decidir, por maioria ou por consenso, qual será a postura do partido nesta disputa.

“Não conseguimos aprovar nossa posição no Diretório, mas, na bancada na Câmara, que deverá tomar a decisão, essa disputa está, na pior das hipóteses, meio a meio”, afirma o ex-prefeito de Porto Alegre e ex-deputado estadual Raul Pont, que participou da reunião na sexta-feira. A bancada petista gaúcha, acrescentou Pont, está fechada com a posição favorável à construção de candidaturas oposicionistas para a disputa das presidências da Câmara e do Senado. “Como segunda maior bancada da Câmara e terceira maior do Senado, o PT deve assumir a defesa da proporcionalidade, mas sem condicionar isso a acordos com candidaturas de partidos que apoiaram o golpe”, assinalou.

Em nota divulgada na sexta-feira, as forças do Muda PT defenderam que o direito à proporcionalidade deve ser reclamado sem que as bancadas transijam na negociação com lideranças parlamentares comprometidas com o golpe e com a implementação de sua agenda. A nota afirma:

“Em favor da nitidez política tornada mais preciosa em tempos de polarização com os golpistas, defendemos que o Partido dos Trabalhadores construa, com os setores oposicionistas, candidaturas à Presidência das Casas. Estamos em um momento de resistência em que a nitidez programática e a firmeza ideológica são componentes fundamentais e estruturantes do processo de reorganização da esquerda. Esta é a oportunidade para o PT avançar ao lado da classe trabalhadora, reposicionando-se em um movimento de coerência, unificando a luta social e a parlamentar, dando um exemplo pedagógico para a luta política em curso no Brasil”.

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