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Defender o SUS é defender a vida do povo brasileiro | Setorial de Saúde da Kizomba

Não há alternativas para a  vacinação que não seja pelo SUS, por isso valorizar e defender o Sistema Único de Saúde segue sendo a tarefa do povo brasileiro. Imunizar a população só é possível a partir dos princípios da universalidade, equidade e integralidade, combatendo as desigualdades presentes também nos aspectos da saúde. A Vacinação é um processo coletivo, de importante corresponsabilização de todos e todas. Possui relevância nacional e internacional, um direito universal.

A segunda onda da pandemia da covid-19 se apresenta no Brasil agravando a crise econômica e política que se faziam presentes antes mesmo da primeira onda, que foi desastrosa por falta de ações efetivas no controle do contágio e na seguridade social. As medidas adotadas pelo presidente genocida e seus aliados baseados no negacionismo da ciência, culminaram em mortes, desemprego, fome e no auxílio emergencial que não dá dignidade à população. Reafirmando o seu projeto político genocida de descaso em relação à vida do povo que tanto tem sofrido no decorrer da pandemia.

O povo aguarda pela vacinação, enquanto isso, o presidente segue blindando sua família, negligenciando os cuidados gerais necessários neste período pandêmico, e fazendo troca-troca de ministros, que resulta em ainda maiores desorganizações internas e fragilidades do governo frente às relações com demais países. A sociedade está cobrando condução efetiva na vacinação, já que no ritmo de conta-gotas, o Brasil continuará batendo recordes de vidas perdidas e sendo o melhor ambiente para mutação do vírus. Não foi esquecido que no (des)governo incompetente e irresponsável de Jair Bolsonaro, a saúde e os diretos seguem entregues à própria sorte.

A imunização da população não é de responsabilidade do sistema privado, pois este trata a saúde como mercadoria e fonte de enriquecimento de poucos. Sendo assim, a rede privada não deve ter acessos às vacinas contra o coronavírus e se houver interesse na compra dos imunizantes, devem doar todas as doses ao SUS. O projeto de privatização dos medicamentos e patentes que servem a lógica hegemônica de marginalização do povo pobre e negro ao direito à saúde, não pode continuar avançando.

As vacinas devem ser fornecidas exclusivamente pelo SUS, o sistema possui experiência histórica na imunização da população, não pode haver brechas para que golpistas cometam crimes contra a saúde pública, fornecendo vacinas, falsas ou verdadeiras, atendendo apenas a população que possui privilégios financeiros. A vacinação deve seguir orientações científicas, que apontam quais públicos devem ser vacinados primeiro, no intuito de controlar o contágio e evitar colapso no sistema de saúde, seja público ou privado

É fundamental que todas/os as/os trabalhadoras/os dos serviços essenciais estejam imunizadas/os o mais breve possível, envolvendo não apenas quem atua na linha de frente, mas também quem garante o isolamento social. Inúmeras categorias não pararam durante a pandemia e precisam ter acesso à vacinação, o que ainda não aconteceu, pois, o governo federal no segundo semestre de 2020 não negociou compra de vacinas e recusou propostas que foram apresentadas para aquisição de grandes lotes de doses dos mais diversos imunizantes, propostas estas como do Consórcio Covax que reúne 190 membros representados por países, ONGs, institutos e coletivos.

O que garante a atenção e o cuidado da população é o SUS fortalecido, valorizado e com investimentos, já que pelo SUS a saúde é entendida e tratada enquanto um direito fundamental, visando a dignidade humana. Não há dúvidas do quão tem sido fundamental existir no Brasil uma política pública de saúde, e os e as estudantes vem afirmando e lutando em relação a essa pauta já há um tempo, um exemplo disso foram as ocupações estudantis de 2016 que tanto lutaram contra a aprovação da EC 95, que acabou congelando por 20 anos o teto de gastos da saúde e da educação, e que deve ser revogada urgentemente, esse é o caminho para o Brasil voltar a investir mais no SUS.

A retomada das aulas presenciais é urgente, pois já é possível enxergar os impactos gerados nesse período com a realização do ensino remoto, no qual há muitas limitações para a participação, tendo em vista as questões estruturais necessárias e a realidade material do povo brasileiro, assim como, é possível perceber as grandes lacunas em relação à aprendizagem que esse sistema acarreta, não dando conta, por exemplo, do elemento da socialização “presencial” que é fundamental para o aprendizado e o desenvolvimento. Portanto,  só é possível e responsável essa retomada após a vacinação da população, é arriscado expor professoras/professores, estudantes, trabalhadoras/es em educação a contaminação. Retomar as aulas sem a imunização completa, pode implicar no aumento do contágio por parte da comunidade escolar que certamente impactará no sistema de saúde.

A pandemia impactou de forma importante na saúde mental da população e essa não pode ser negligenciada, sobretudo quando a população estiver imunizada e as aulas/ trabalho, na modalidade presencial, sejam retomadas. Os vazios que as vidas perdidas pela pandemia deixaram, serão visíveis, sentidos e precisarão de assistência. Assim, faz-se necessário que haja um plano de retomada das atividades presenciais que contemple assistência psicológica, seja no ambiente escolar e/ou universitário.

A população precisa de Auxílio Emergencial digno, o desemprego e a fome tem ganhado força no país, e o governo federal precisa adotar medidas que não permitam que as pessoas morram de fome; é necessário fazer repasses dos recursos para que os estados e municípios tenham condições financeiras de ampliar o número de UTIs, contratar mais profissionais e comprar vacinas. 

A pandemia ainda é uma infeliz realidade que precisa ser olhada diariamente, valorizar e defender o SUS é obrigação do povo brasileiro. Vacinar toda a população pelo SUS é urgente, e o genocida Bolsonaro com sua equipe devem sair do governo, já! Assim, haverá perspectivas de que o novo normal que está por vir seja, com mais saúde, empregos e direitos.

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