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Dilma e a verdade que liberta e vence

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Nos 10 dias posteriores ao primeiro turno da eleição, Aécio vinha numa espiral ascendente, conseguindo tirar maior proveito político dos acontecimentos. Os ventos sopraram a favor: recebeu a adesão do neoconservadorismo rancoroso [setores do PSB e Rede], foi beneficiado com a intervenção cientificamente calculada do juiz que preside o processo da delação premiada de dois criminosos confessos, e contou com a militância orgânica da mídia oposicionista. O crescimento no final do primeiro turno, além disso, alentava as perspectivas para o segundo. Enfim, o melhor dos mundos.

Arrasadora no debate na TV BAND [noite de 14/10], Dilma abalou esta trajetória virtuosa do Aécio. Como na regra do tênis, ela “quebrou o serviço”, deu uma inflexão decisiva no rumo da campanha, e pode ter reassumido o favoritismo reeleitoral.

Dilma nocauteou Aécio. Foi sobejamente superior a ele – na forma, na postura e nos argumentos. Ela exibiu a superioridade moral, política e intelectual própria de quem, portando a verdade, não somente derrota o opositor e suas vilanias, como suplanta a terrível circunstância de guerra promovida contra si e contra o governo.

As opiniões expostas por Dilma têm enorme eficiência para o embate eleitoral. O importante, contudo, é que o valor dessas posições transcende o período e a dinâmica eleitoral, porque [1] sistematizam uma compreensão corajosa e autocrítica a respeito de fatos incômodos para o PT [gerados, lamentavelmente, por petistas que adotaram as mesmas práticas e critérios dos partidos tradicionais] e [2] permitem ao PT construir com altivez os esclarecimentos autocríticos ainda pendentes de apresentação à sociedade.

Dilma mostra com clareza que os projetos representados por ela e Aécio expressam visões de mundo antagônicas. Ela representa as mudanças que modernizam o país com direitos, democracia, ética e igualdade; ao passo que Aécio significa o retrocesso ao país da Casa-Grande: oligárquico, patrimonialista, nepotista, machista, com privilégios e impunidade de corruptos e correligionários.

No Novo Brasil da Dilma, a corrupção é atacada de maneira implacável e os corruptos e corruptores, independentemente de filiação partidária, são julgados e punidos. Na Casa-Grande do Aécio, os envolvidos em falcatruas – da Pasta Rosa, do Sivam, da compra de votos para a reeleição, das privatizações escandalosas, do cartel dos trens e metrôs de SP, do mensalão tucano – sequer vão a julgamento e, por isso, ficam impunes.

No Novo Brasil da Dilma, o emprego e os salários ocupam o topo das prioridades, principalmente em momentos como o atual, da pior crise mundial do capitalismo; na Casa-Grande do Aécio os empregos esfumaçam, os salários são arrochados e a renda nacional é transferida aos banqueiros e agiotas internacionais.

Dilma criou um sistema de participação da cidadania para exercer o controle e a fiscalização dos atos do governo e das prioridades do Orçamento público, enquanto na Casa-Grande patrimonialista do Aécio milhões são desviados do erário para construir aeroporto nas terras de parentes.

No Brasil refundado no século 21, nepotismo e coronelismo não passam de menções nos livros do Gilberto Freyre, mas para o Aécio da Casa-Grande a regra de ouro é empregar irmã, tio, primos e primas e ser CC fantasma no gabinete parlamentar do próprio pai.

A Casa-Grande do Aécio se refestela enquanto 40 milhões de pessoas vivem na indigência, porém no Novo Brasil da Dilma essa cifra não passa de estatística dos tempos tristes da história da exclusão e da desigualdade que existia no país.

No Novo Brasil da Dilma, as mulheres conquistaram políticas públicas e leis como a Maria da Penha para protegê-las da opressão e da violência. Na Casa-Grande patriarcal e machista do Aécio, a violência contra a mulher é abafada e a imprensa censurada.

A verdade é libertadora e esclarecedora. É o dispositivo pedagógico que permite entender e desmistificar a realidade. A verdade atemoriza a direita, que reagirá com torpeza e violência redobrada a cada perspectiva favorável a Dilma. A vida ensina que a direita é capaz de qualquer loucura e jogo sujo para tentar impedir a eleição da Dilma.

A construção do Novo Brasil demanda um trabalho incansável de politização e de formação de consciência dos milhões de brasileiros que conquistaram dignidade nos governos Lula e Dilma. É o futuro do Brasil e do seu povo que está em jogo

Artigo originalmente publicado em Carta Maior.

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