As decisões tomadas pelo Diretório Nacional do PT no dia 17 de maio são importantes para reposicionar o partido na luta contra o neoliberalismo e pela democracia.
A política de alianças passou a incorporar a luta contra o golpe como critério e priorizou o campo democrático e popular. Abriu, no entanto, a porta para o “caso a caso”, o que implica no risco da exceção virar a regra. Estaremos vigilantes! Apresentamos para o debate, e perdemos, uma proposta de alianças baseada na resolução da Executiva Estadual do PT-RS.
A convocação do Encontro Extraordinário para novembro abre o espaço para uma grande mobilização do PT, desde a base, para que o PT reencontre sua construção como partido socialista. O roteiro para o debate, apresentado pelo presidente Rui Falcão e emendado por nós e outros, resolve uma questão preliminar que é a de iniciar já um balanço autocrítico vinculando-o aos novos desafios do partido na luta de classes. Esse enfoque é fundamental para dar conta das tarefas da luta contra o golpe e da preparação eleitoral. O debate assim colocado fortalecerá nossa unidade. Defendemos eleger novos delegados e delegadas na base. Essa definição – que deveria ser consensual, por ser necessária e óbvia – foi remetida, no entanto, à Executiva Nacional. Vamos lutar por um encontro com delegados e delegadas eleitos em encontros na base!
Resolução sobre conjuntura DN-PT – Maio 2016 | http://goo.gl/JMnRmr
Resolução sobre eleições 2016 DN-PT | http://goo.gl/3JSuwk
Executiva do PT/RS orienta sobre política de alianças | http://goo.gl/wBYjvn
Proposta defendida pelo MudaPT (Articulação de Esquerda, Avante Socialismo 21, Militância Socialista e Mensagem ao Partido):
NENHUMA ALIANÇA COM GOLPISTA!
A defesa da democracia frente ao golpe estabelece a linha divisória na formação das alianças municipais. O PT não fará alianças com golpistas e erguerá como bandeira FORA TEMER – EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS DO POVO BRASILEIRO.
Partidos e setores de partido que votaram com o PT contra o golpe serão os parceiros para a nova política de alianças.
Em todos os municípios, especialmente nas capitais e cidades-polo, o PT construirá com os aliados do campo democrático-popular candidaturas majoritárias. Essa aliança democrática e popular deverá se abrir para candidaturas dos movimentos sociais, especialmente de mulheres e jovens. As FRENTES BRASIL POPULAR e POVO SEM MEDO devem ser procuradas para apresentar propostas aos programas.
A referência de programa será a radicalização da democracia e o combate ao neoliberalismo, o orçamento participativo, a defesa dos direitos humanos e dos direitos sociais, do legado dos nossos governos e o enfrentamento do golpe.
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