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Educação profissional-tecnológica e a comunicação popular | Hugo Manso

A Educação Profissional e Tecnológica está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB – Lei N° 9394 de 20 de dezembro de 1996). Segundo o portal mec.gov.br, “contribuindo para que o cidadão possa se inserir e atuar no mundo do trabalho e na vida em sociedade”.

Em seu livro “Comunicação dos trabalhadores e hegemonia”, Vito Giannotti faz uma bela viagem histórica pelos conceitos e experiências com as sucessivas formas de comunicação: “Durante o ‘breve século XX’, de 1917 a 1989, como diz Hobsbawm em seu memorável A Era dos Extremos, houve uma disputa constante entre as duas visões que queriam ser hegemônicas. De um lado, a visão baseada na solidariedade e, em última instância, no socialismo. Do outro, a visão do individualismo típico do capitalismo e de sua base teórica, o liberalismo.”( Comunicação dos trabalhadores e hegemonia. p.116)

 Articular Educação e Comunicação sempre foi um objetivo. Paulo Freire em seu “Extensão ou Comunicação” esclarece que situações educativas são também comunicativas e situações comunicativas são também educacionais. Assim, quando lidamos com a Educação Profissional e Tecnológica em suas diversas modalidades, precisamos estar bem atentos à comunicação.

Linguagem técnica, conhecimentos tecnológicos e prática profissional não podem ser apresentados em códigos indecifráveis. Jovens estudantes e trabalhadores que sabem ler entendem uma fala de orientação ou um texto, se forem claros e diretos. Necessário utilizar palavras comuns, exemplos que todos conheçam e se identifiquem. Particularmente quando estamos diante de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou em cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC).

“Uma coisa é falar para poucos milhões de brasileiros que têm acima de 15 anos de banco de escola. Outra, totalmente diferente, é falar ou escrever para quem tem quatro ou cinco anos de escola, somente.”  (Comunicação dos trabalhadores e hegemonia p.162). A educação humana se desenvolve em diversos ambientes e situações. Desde a vida familiar, na base da convivência, em escolas, na vida social, no mundo do trabalho e nas manifestações esportivas e culturais.

Em instituições de ensino, pesquisa e extensão, como as Escolas Públicas (estaduais e municipais), Institutos Federais e as Universidades, a educação precisa vincular-se ao mundo do trabalho, à prática social, esportiva e cultural. Quando lidamos com a Educação Profissional e Tecnológica, precisamos integrar, nos diferentes níveis e modalidades, as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia” (Art. 39 Capítulo III da LDB).

Independente da forma em que estejam organizados, segundo a Lei n° 11.741 de 2008, os cursos podem ser na modalidade “formação inicial e continuada” ou “qualificação profissional”; “educação profissional técnica de nível médio” ou de “educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação”. Vamos praticar a Educação Profissional e Tecnológica? Inscreva-se no iFRN (www.ifrn.edu.br).

Hugo Manso é Engenheiro, professor do iFRN e Presidente do Conselho Curador da FUNCERN.

Via Potiguar Notícias.

[1] Vito nasceu na Itália em 1943 e chegou ao Brasil em 1964. Lutou contra a ditadura, foi preso e torturado. Sindicalista, da oposição metalúrgica de São Paulo, (1970 e 1980). Fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação,

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